A Junta de Freguesia da Fajã da Ovelha considera haver confusão na opinião pública e em particular na população da freguesia, na sequência do anúncio da secretaria regional de Educação dando nota da “extinção” da Escola Básica 1,2,3 e PE Professor Francisco Manuel Santana Barreto.
Daí que Gabriel Neto, o presidente da Junta de Freguesia, julgue como importante revelar que em nenhum momento a Junta foi consultada sobre o processo, não podendo o senhor secretário regional da Educação afirmar na RTP Madeira que “as autarquias foram ouvidas”, tomando por autarquias apenas as que são do PSD.
“Se a secretaria da Educação tivesse tido a gentileza de consultar a Junta de Freguesia da Fajã da Ovelha teria ficado a saber que não concordamos com a decisão, por motivos óbvios, sendo que dois são muito claros. Primeiro: o princípio que tem fundamentado a reorganização da rede escolar, é o reduzido número de alunos. Ora, no caso da Fajã da Ovelha, a baixa natalidade é uma realidade que precisa de ser atalhada urgentemente, mas Escola Básica 1,2,3 e PE Professor Francisco Manuel Santana Barreto, segundo informações fidedignas, iria atingir no próximo ano letivo cerca de 300 alunos. Portanto, o argumento da falta de alunos cai por terra. Segundo: a desertificação não se combate dando no presente passos para que muito proximamente a referida escola seja fisicamente encerrada, porque da nossa parte não temos dúvidas de que é esse o caminho que o Governo Regional e a Câmara estão a preparar e com certeza estaremos cá para ver quem tinha razão”, assume Gabriel Neto em comunicado.
A Junta de Freguesia da Fajã da Ovelha revela ainda a sua “total estranheza por ver o Governo Regional e a Câmara da Calheta de braço dado” nesta retirada de autonomia administrativa à Escola Básica e Secundária Francisco Manuel Barreto e não conhecer políticas vigorosas de combate à desertificação da Freguesia.