Juvenal Rodrigues
Juvenal Rodrigues
Foram-se as missas do parto
o Natal também passou
foi-se o fogo de fim de ano
o ano novo chegou
resta-nos o Santo Amaro
o resto o tempo levou.
Para Dezembro de 2019 cantaremos o mesmo estrofe porém, como o novo ano promete, com novos protagonistas e marcantes alterações na política da nossa região. 2019 será marcado por três atos eleitorais, qual deles o mais mais importante, que promete um tenaz combate político com o habitual lavar de roupa suja, muitos nervos, muitos disparates, muitas promessas e muitos oportunistas na iminência de se aproveitarem das possíveis grandes mudanças.
Serão aqueles que tossiram e mugiram pelo partido A e agora juram que são do partido B desde pequeninos, serão os independentes que caiem na política de pára-quedas mas nunca gastaram sola de sapatos a fazer campanha pelo partido A ou B, serão aqueles que se alhearam da política porque se conformaram com os ditames do sempiterno partido do poder e haverá ainda uns oportunistas -engraxadores- a dar corda aos sapatos para chegarem antes dos outros.
É o que sempre aconteceu e sempre irá acontecer porque 2019 cheira a poleiros e haverá muitos lugares à disputa e, quem sabe, surgirá uma oportunidade, através de um amigo, de um padrinho, de um afilhado ou simplesmente do amigo do amigo, passo a redundância.
O que é que isto tem a ver com o “Diário das Freguesias”? Perguntar-me-ão! Pois, do meu ponto de vista, tem tudo a ver com um poder livre e democrático que começa exatamente pelo poder local, Juntas de Freguesia e Câmaras Municipais, a quem os cidadãos primeiro recorrem independente de partido em que votam.
A 26 de Maio de 2019 teremos que escolher os deputados nacionais e regionais ao Parlamento europeu e qualquer cidadão terá que ter em conta a grande importância que tem a U.E. seja no capítulo financeiro, estratégico ou político.
A 22 de Setembro serão as eleições regionais e os cidadão terão que estar lúcidos e devidamente preparados para escolher os governantes e os deputados madeirenses para que a Assembleia Regional não seja uma vez mais uma “casa de loucos”, sendo que dessa escolha dependerá o futuro da Madeira e o bem estar de todos nós madeirenses.
Quinze dias depois, a 6 de outubro, seremos novamente chamados às urnas para escolher o Governo da República e os deputados madeirenses que representarão a Madeira na Assembleia da República para defender os interesses dos madeirenses a nível nacional.
Como vêm, embora de formas distintas, qualquer destes atos eleitorais terão crucial importância, para nós enquanto cidadãos e é por isso necessário que as populações estejam devidamente esclarecidas e sobretudo não deixem de votar para não darem azo a que os outros escolham por vós.
Sempre defendi, e continuo a defender nas minhas intervenções escritas ou em fóruns políticos que os candidatos a governantes, a deputados ou ao poder local -autarquias- deveriam ter formação inerentes às funções a que se candidatam e que, no ato do sufrágio, a fixação de listas nas assembleias de voto, fossem acompanhadas do currículo dos respetivos candidatos para que os eleitores soubessem em quem votam e pudessem fazê-lo livre e conscientemente em quem melhor defenda os seus interesses.
Ou seja, como sói dizer-se não comprar gato por lebre. Mais do que nunca o povo deve estar bem elucidadas acerca do perfil das pessoas que escolhem para governar para que não votem em extremistas, quer de esquerda ou de direita que com o seu populismo enganador dizem aquilo que as pessoas querem ouvir mas que não passam de promessas vãs para imporem as suas vis vontades ditatoriais aos menos prevenidos.