Marcelo Gouveia
Marcelo Gouveia
Foi no dia 3 do corrente mês que a freguesia de São Roque comemorou o seu 440º aniversário.
Dada à relevância desta longevidade, esta celebração não ficará pelo simples dia, existindo nos “bastidores” movimentações para ser um ano repleto de iniciativas.
A junta de freguesia local já deu conhecimento que não quer deixar passar despercebida esta bonita data e pretende organizar e apoiar algumas atividades que serão alusivas a esta efeméride.
Já no dia 10 de março, as bandeiras serão desfraldadas no adro da igreja na presença de algumas entidades e da comunidade sanroquina, onde serão ouvidos os hinos: Região e Nacional. Pelas 11h00, na igreja matriz, será celebrada uma missa alusiva ao aniversário, seguida de uma procissão, onde se pretende que a comunidade esteja presente.
Mas, voltando um pouco atrás no tempo, neste mesmo dia de março, só que no ano de 1579, a freguesia passou a ostentar o nome de São Roque.
Esta criação e a denominação de Freguesia de São Roque foi definida nesse longínquo ano, através de Alvará Régio do Cardeal D. Henriques que permitiu ao bispo D. Jerónimo Barreto, elevar a condição de freguesia.
Como referido na “Breve resenha histórica Anterior e Contemporânea à Criação da Paróquia e Freguesia” que tem uma recolha de vários textos de Norberto da Silva e o prefácio é do Padre José Luís Rodrigues que é o atual pároco de São Roque e de São José, este processo teve custos obrigatório, pois foi proposto ao bispo a côngrua de 14.000 reis em dinheiro, meio moio de trigo e uma quarta de vinho. Situação que se viu “inflacionada” até ao mês de novembro de 1589, passando a ter um custo de 22.000 reis.
Só em 1976, deu-se a primeira passagem de testemunho dos anteriores regedores para os presidentes de junta, em eleições democráticas realizadas a 12 de dezembro desse mesmo ano, e consequentemente, deu-se a edificação de várias instituições que colaboraram com o crescimento da freguesia e a projeção da sua essência.
Nesse período, a sede da junta de freguesia era “partilhada” com a organização que conduzia os destinos da Levada da Serra da Alegria, no Caminho do Lombo Segundo, para depois passar para um espaço situado sob o Miradouro de São Roque. Uma pequeníssima sala que não satisfazia a população nem o seu executivo, pelo que era imperioso dotar este órgão de melhores condições físicas.
No final do ano de 1978, operou-se nova mudança de local da sede da junta, passando os serviços para a Estrada Comandante Camacho de Freitas, onde funciona até aos dias de hoje.
Muitas foram as transformações que surgiram no decurso destes 4 séculos e quase… meio, por consequência do progresso e das necessidades de uma população ambiciosa e empreendedora que viu crescer e surgir novas infraestruturas públicas e outras privadas que promoveram o enriquecimento da qualidade de vida de todos os residentes.
Esta freguesia da periferia funchalense tem uma vivacidade muito grande, galvanizada pelas instituições existentes, nomeadamente: dos Escuteiros, das agremiações desportivas e culturais e a Casa do Povo. Todas, sem exceção, encontram-se em sintonia no que concerne ao capítulo social, promovendo iniciativas para que as gentes sejam ativas e participativas.
Que este dinamismo destas forças vivas, seja uma realidade nos anos vindouros, pois pretendemos crescer e envelhecer de uma forma mais saudável, num lugar que admiramos.
Parabéns São Roque.