Em comunicado hoje dirigido à imprensa, o Sindicato Nacional do Técnicos Superiores das Áreas de Diagnóstico e Terapêutica manifestou “a sua preocupação com a continua diminuição de acessibilidade por parte dos utentes do Serviço Regional de Saúde da Madeira (SESARAM) às áreas de diagnóstico e terapêutica”.
Em causa estão as afirmações do SESARAM sobre o encerramento do Serviço de Fisioterapia do Porto Moniz.
De acordo com o sindicato, este problema de acessibilidade “resulta fundamentalmente de um desinvestimento que tem sido feito nos últimos anos nestas áreas quer em recursos humanos quer em recursos técnicos”.
Faltam cerca de 30% de Técnicos Superiores de Diagnóstico e Terapêutica (TSDT) para assegurar as necessidades imediatas do SESARAM, estima o sindicato.
Relativamente ao número avançado pelo SESARAM, E.P.E., em relação aos utentes que se encontram em programa de reabilitação fisioterapêutica no Concelho do Porto Moniz, o STSS esclarece que “este é o número de utentes que estão a ser efectivamente tratados e não dos que deveriam a estar a ser tratados”, atendendo à demografia do Porto Moniz.
“Com o encerramento deste serviço o SESARAM, E.P.E. diz assegurar os tratamentos no Centro de saúde de São Vicente, esquecendo-se que não havendo um aumento do número de fisioterapeutas existirá uma sobrecarga para os que lá exercem funções ou então uma diminuição da prestação destes cuidados de saúde à população de São Vicente”, realça a mesma nota.
Por ultimo, o STSS lamenta “a confusão entre fisioterapeutas e outros profissionais que prestam cuidados de saúde diferenciados”. E esclarece: “os tratamentos de fisioterapia são realizados por fisioterapeutas e não por qualquer outro profissional de saúde e, infelizmente, devido à grande carência de fisioterapeutas, o SESARAM,E.P.E. não presta cuidados de fisioterapia ao domicilio o que
seria uma mais valia para os utentes do SRS”.