• Arco da Calheta
    • Calheta
      • Arco da Calheta
      • Calheta
      • Estreito da Calheta
      • Fajã da Ovelha
      • Jardim do Mar
      • Paul do Mar
      • Ponta do Pargo
      • Prazeres
    • Câmara de Lobos
      • Câmara de Lobos
      • Curral das Freiras
      • Estreito de Câmara de Lobos
      • Jardim da Serra
      • Quinta Grande
    • Funchal
      • Imaculado Coração de Maria
      • Monte
      • Sé
      • Santo António
      • Santa Luzia
      • Santa Maria Maior
      • São Gonçalo
      • São Martinho
      • São Pedro
      • São Roque
    • Machico
      • Água de Pena
      • Caniçal
      • Machico
      • Porto da Cruz
      • Santo António da Serra
    • Ponta do Sol
      • Canhas
      • Madalena do Mar
      • Ponta do Sol
    • Porto Moniz
      • Achadas da Cruz
      • Porto Moniz
      • Ribeira da Janela
      • Seixal
    • Porto Santo
      • Porto Santo
    • Ribeira Brava
      • Campanário
      • Ribeira Brava
      • Serra de Água
      • Tabua
    • Santa Cruz
      • Camacha
      • Caniço
      • Gaula
      • Santa Cruz
      • Santo António da Serra
    • Santana
      • Arco de São Jorge
      • Faial
      • Ilha
      • Santana
      • São Jorge
      • São Roque do Faial
    • São Vicente
      • Boa Ventura
      • Ponta Delgada
      • São Vicente
A Capela de Nossa Senhora do Loreto (II)
26 Julho, 2018
O estatuto social
5 Outubro, 2018

A Capela de Nossa Senhora do Loreto (conclusão)

29 Agosto, 2018 às 16:15
manuel vieira de sousa

Manuel Vieira de Sousa

O desafio aceite de parte a parte pelo pedreiro Gil Enes e pelo carpinteiro João da Câmara provocou alarido entusiasmo no meio da população local. Assim, cada um tomou posição pela simpatia que nutria por cada um dos artífices e pelas aptidões que tinha ou sentia por cada uma destas artes.

Quanto à madeira, não faltava nas redondezas árvores de belo porte da natureza mais variada, como pinheiros, castanheiros, faias, tis, etc, etc. Quanto à pedra, a recente derrocada deixara a céu aberto um bonito lote de pedra, mais do que suficiente para a construção que mestre Gil Enes pretendia levar a cabo. Formaram-se grupos de trabalho cuja primeira missão foi trazer as matérias primas para junto do local da obra.

Marcado o dia para o início das obras, o prior comprometeu-se a celebrar uma missa campal no local destinado à Capela de Nossa Senhora do Loreto, e toda a população se comprometeu a participar no sagrado acto litúrgico oferecendo o seu trabalho numa clara dedicação à Senhora do Loreto.

Como a população não podia abandonar por tempo indeterminado os  trabalhos agrícolas, indispensáveis à sua sobrevivência e determinantes para levar a bom termo a empreitada a que se tinham proposto de construir a capela, foram criados grupos de trabalho em função do calendário e programa estabelecidos pelos principais responsáveis pela obra: Gil Enes e João da Câmara.

As obras seguiram sem incidentes graves, apesar dos trabalhos pesados e exigentes.

Nessa mesma noite da consagração da capela, uma enorme derrocada cobriu a pedreira. O único resquício que ficou foi o nome ao sítio onde estava.

O carpinteiro João da Câmara aplicou-se muito particularmente na obra do tecto da capela, onde deixou uma referência de qualidade no tecto mudéjar. A arte mudéjar é um estilo artístico, muito divulgado no universo ibérico e que reflecte influências da arte islâmica. De facto, ao olharmos para o tecto da capela de Nossa Senhora do Loreto, vem-nos à memória, muitas das obras que pelo nosso país deixaram os árabes, nos tempos idos em que dominaram muito do território da Península Ibérica.

Já mestre Gil Enes, trabalhou a pedra com muita minúcia e dedicação, com especial referência para o arco, todo em pedra trabalhada, que separa o altar da nave da capela.

Aí, mestre Gil Enes esculpiu as “laranjas” que ainda lá permanecem como se tivessem sido acabadinhas de esculpir. Mas não se pode esquecer todo o trabalho que ainda lá persiste, onde o estilo manuelino da época domina, reflectido em todos os cantos da capela, com destaque para a porta manuelina, a sul da capela.

Dada por concluída a obra, houve uma grande festa, com missa solene na nova capela, que contou com D. Joana d’Eça, a sua família e todos os fidalgos das redondezas que confirmaram o trabalho excepcional ali desenvolvido e reconheceram o extraordinário mérito de mestre Gil Enes, sem desmerecer o trabalho do mestre João da Câmara.

Por tudo isto, foi declarado vencedor do desafio o mestre Gil Enes.

Nessa mesma noite da consagração da capela, uma enorme derrocada cobriu a pedreira. O único resquício que ficou foi o nome ao sítio onde estava. Também mestre Gil Enes não pode continuar a sua actividade. Faleceu pouco tempo depois. Foi a sua última obra. Não terá sido Nossa Senhora que achou que Gil Enes tinha concluído o trabalho na Terra, mas sim a lei da natureza que cumpriu as suas leis face à sua provecta idade.

Enfim, estórias que deturparam a História. Mas é assim que nascem as lendas…

Share

Publicações relacionadas

1 Novembro, 2019

João Victor Costa dá nome a Festival de Grupos Corais na Calheta


Ler mais
3 Setembro, 2019

Festa em honra de Nossa Senhora do Loreto anima Arco da Calheta


Ler mais
15 Fevereiro, 2019

Já lembra a Carnaval no Arco da Calheta


Ler mais

Eventos

Últimas

  • Tradição e sabor em destaque na XIV Mostra Regional da Truta e Rota da Sidra
  • Três docentes croatas visitaram a Escola Dr. Eduardo Brazão de Castro
  • Apoios à natalidade já chegou a 60 agregados desde 2022
  • ‘Festa da Flor no Imaculado’ realiza-se este sábado no Jardim de Santa Luzia
  • Imaculado recupera edifício do pré-escolar da ‘Bartolomeu’
Copyright © 2018 Empresa Diário de Notícias, Lda. Todos os direitos reservados.