Gilberto Garrido
Gilberto Garrido
Era uma vez . . . era uma vez, como começam quase todas as histórias, uma família com muitas carências, duma zona rural, reunida para o jantar.
Disse o pai: “Filhos, não comam as semilhas todas, deixem algumas para a ceia”.
A esposa e filhos avançaram, sofregamente, para a comida.
Perante a situação o pai adiantou: “Ah sim, é para comer? Então comemos todos” . . . E lá se foram as semilhas.
Alguns meninos da cidade criticam a conclusão da via rápida entre a Fajã da Ovelha e a Ponta do Pargo.
Digo como o dito pai: “Ah sim, é para comer? Então comemos todos”.
Esses meninos, provavelmente, preferiam ter uma reserva territorial, qual coutada, para virem de vez em quando passar um fim-de-semana e, de preferência, comprar produtos agrícolas fresquinhos, o mais barato possível.
É nós, no nosso cantinho, na Ponta do Pargo e arredores, de barretinha na mão, humildemente dizendo adeus a esses Senhores.