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A bisca e o cassino em Santa Maria Maior

1 Fevereiro, 2019 às 18:29
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Tânia Sofia Gonçalves

O jogo das cartas, entre tantos outros, a bisca e o cassino, sempre fez parte da vida dos madeirenses. Jogar “às cartas” é um jogo popular que, ainda hoje, tem a particularidade de ser uma atividade recreativa acessível a todas as idades e estatutos sociais, transformando-se num fenómeno cultural que foi passando de geração em geração.

Quem não se lembra de jogar “às cartas” ou de assistir a grandes disputas entre os familiares e amigos? Nas épocas festivas, principalmente nos dias de Natal, era comum, depois do almoço, passar as tardes a jogar à bisca.

O jogo era mesmo a sério, ninguém podia falhar, os olhares corriam as costas das cartas dos parceiros tentando adivinhar os trunfos, a desconfiança da batota, por vezes, acabava em briga acesa. A par das risadas, dos murros na mesa de satisfação e dos gritos de vitória, se algum dos jogadores fosse apanhado a passar sinais ou se houvesse alguma jogada mal pensada, que seria de imediato gozado, as cartas poderiam voar para local incerto. Lembro-me da maestria do meu avô.

No Caminho do Terço, ninguém tinha hipótese com ele, era exímio jogador. Não lhe escapava um trunfo, gravava na memória as cartas que iam saindo e sabia uma a uma as que faltavam sair, raramente perdia uma bisca de nove.

Em Santa Maria Maior, esta tradição das cartas ainda vai acontecendo em alguns locais, se passarmos por algumas zonas da freguesia tais como o Larguinho da Feira, junto ao Mercado dos Lavradores, no jardim do Campo da Barca ou no jardim do Almirante Reis, tornou-se habitual assistirmos a grandes jogos da bisca e do cassino.

Era uma outra forma de socialização e de reunião das famílias e amigos mais chegados. Hoje, esses jogos foram substituídos pela televisão, telemóvel, tablets e outros jogos eletrónicos. Durante a hora do almoço, ao passarmos por uma obra, ou numa oficina, ou num armazém de qualquer género, antes era comum os trabalhadores passarem essa hora de descanso a jogar um cassino, hoje, estão de olhos fixos no seu telemóvel vagueando pelas redes sociais. Embora, torna-se justo relevar, ainda nos cruzamos com grupos de jovens, sentados numa esplanada, na praia, a jogarem às cartas. Entretidos, em alta galhofa, divertem-se à maneira antiga e com um baralho já gasto pelo uso.

Em Santa Maria Maior, esta tradição das cartas ainda vai acontecendo em alguns locais, se passarmos por algumas zonas da freguesia tais como o Larguinho da Feira, junto ao Mercado dos Lavradores, no jardim do Campo da Barca ou no jardim do Almirante Reis, tornou-se habitual assistirmos a grandes jogos da bisca e do cassino. Antes do grupo chegar, conseguimos vislumbrar um dos jogadores encostado ao muro à espera dos parceiros com o baralho nas mãos. Aos poucos, eles vão chegando, conversam sobre o futebol ou mesmo do jogo do dia anterior, da sorte ou do azar das cartas.

Dezenas de homens, a maioria reformados, agrupam-se à volta de uma mesa de pedra uns a assistir e a apoiar os amigos e os outros a jogar entusiasmados. Convivem alegremente uns com os outros, ocupam o tempo concentrados na arte do jogo, apesar de, por vezes, a disputa atingir as brigas, as discussões e os amuos de quem perde ou desconfia da batota do adversário.

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