Tornou-se costume em várias culturas montar um presépio quando é chegada a época de Natal. Na maioria das cidades, o presépio é apenas montado pelas autarquias, mas na freguesia do Arco da Calheta a população reúne-se para a preparação de dezenas de presépios que fazem parte da tradição da ‘Festa’.
A população começa a juntar adereços natalícios, nomeadamente imagens do presépio – as figuras da Sagrada Família (São José, a Virgem Maria e o Menino Jesus), dos pastores e dos Três Reis Magos – bem como recolhe frutas da época, musgo, pinhas e madeira para decorar os respectivos presépios, muitos dos quais na berma da estrada.
Ao longo de toda a quadra de Natal, os vários presépios da freguesia despertam a curiosidade dos locais e dos turistas, que não escondem o seu interesse pelas tradições culturais desta localidade.
Contudo, o auge da ‘Festa’ ocorre aquando da visita aos presépios organizada pela Associação Cultural e Desportiva do Arco da Calheta, a ter lugar hoje e amanhã. Trata-se de um momento no qual a população da freguesia e a autarquia local se reúnem para prestar homenagem a quem mantém viva uma das maiores tradições culturais do Arco da Calheta.
Os fregueses preparam carne de vinho e alhos, bolos, broas, licores e a tradicional poncha para receberem este evento festivo que junta cantares tradicionais. São momentos de confraternização e alegria que se vivem com grande emotividade.
Assim sendo, a organização deixa, desde já, o convite para que todos possam vivenciar esta tradição, com a visita aos presépios, esta sexta-feira, pelas 18 horas, no sítio da Somagre, pelas 18h30 Florenças abaixo, no Loreto às 19 horas, na Fajã às 20 horas e, por fim, às 20h30 no Massapez.
Contudo, as visitas não se ficam por aqui. Amanhã, dia 11 de Janeiro, será a vez de ver os presépios no sítio das Paredes, às 18 horas, no Lombo da Guiné, às 18h30, na Achada de Cima, às 19 horas, no Pinheiro, às 19h30, e na Laje das Florenças às 20 horas. O encerramento da visita aos presépios terá lugar junto à Capela das Florenças.
Iguarias, cânticos e muita alegria compõem o fim das ‘Festas’ nesta freguesia, que todos os anos mantém a tradição de aliar a cultura, a música e a gastronomia a um momento ímpar das suas vivências colectivas.