O presidente da Junta de Freguesia da Fajã da Ovelha diz não saber o que é que a Câmara Municipal pretende fazer com a realização de obras nos balneários e casas de banhos de apoio ao Polidesportivo, mas discorda de alguma alteração impossibilite o uso do espaço para a higiene pessoal dos utentes.
“Se na Fajã da Ovelha temos umas instalações desportivas, embora ao abandono (sem energia eléctrica) com condições apropriadas de utilização, por parte de diversas categorias de praticantes e com instalações de apoio disponíveis e exigíveis no Regulamento Técnico das Instalações Desportivas (RTID), como pode uma entidade responsável pelas instalações desportivas alterar todos estes requisitos, quando é sua obrigação zelar?”, questiona o autarca em jeito de crítica.
Gabriel Neto lamenta “a pouca informação de que dispomos”, de qualquer modo, suspeita que as “obras de beneficiação das instalações são para transformar o espaço numa sede para o Grupo de Cordas da Fajã da Ovelha, instituição centenária que há muito já devia ter a sua sede pelo trabalho que tem desenvolvido na dinamização da Cultura e das tradições pela ilha e no exterior”.
Para o centrista popular “existem outros edifícios públicos à espera de serem requalificados para alojar tanto o Grupo de Cordas como outros serviços, nomeadamente no antigo edifício da Escola de S. João”, reage quando confrontado com o assunto frisando que, no n.º 4 do artigo 17.º do RTID diz o seguinte: “Os pequenos campos de jogos, quando não estejam integrados em complexos que proporcionem acesso a serviços de apoio, devem dispor de instalações próprias constituídas por: a) vestiários-balneários para os praticantes… Ora, com as obras que estão a decorrer, no Polidesportivo da Fajã da Ovelha, deixa de existir a qualidade ao nível da funcionalidade desportiva, de salubridade e conforto”.
E remata com mais uma farpa à autarquia, liderada por Carlos Teles: “Se existe um equipamento para a prática desportiva com as devidas condições devemos é zelar e não proceder à sua eliminação”.