“É inaceitável que o executivo municipal faça bandeira das intervenções que pretende fazer, do ponto de vista da repavimentação de estradas em diversos pontos da cidade, esquecendo-se, todavia, das necessidades que se arrastam no tempo na freguesia do Imaculado Coração de Maria, nas quais temos a obrigação e o dever de insistir”.
Esta foi uma das posições assumidas, ontem, em sede de Assembleia de Freguesia, pelo PSD, através da apresentação de um Voto de Recomendação à Câmara Municipal do Funchal, que previa quatro intervenções concretas, nomeadamente: a reparação estrutural do pavimento entre a Rua das Lajes e a Rua Nova da Piedade, a reparação estrutural do pavimento da Rua das Lajes entre a Rua Jaime Bruno Pereira e a Rua de Santa Luzia, a colocação de passeio no lado ascendente da Estrada dos Marmeleiros e a reparação estrutural da Rua Arcebispo D. Aires, em especial no lado norte.
Intervenções que, “visando reforçar a segurança de quem circula nestas vias, de forma definitiva e, não, com reparações avulsas e provisórias que apenas adiam os problemas”, acabaram por ser chumbadas pela Coligação.
“Se por um lado não entendemos como é que o Executivo Municipal esqueceu a Freguesia do Imaculado Coração de Maria no conjunto de obras que fez questão de anunciar, ainda menos compreendemos como é que situações que estão perfeitamente identificadas e que se apresentam a esta Assembleia, para melhorar a segurança e a vida das pessoas, acabam por ser chumbadas, apenas e só por questões políticas”, afirmam os social-democratas, que lamentam “esta postura e a falta de critério de uma autarquia que funciona com dois pesos e duas medidas”.
PSD que, a propósito deste tipo de intervenções, manifestou a sua satisfação pelo facto do voto de recomendação, apresentado pelo PSD, na Assembleia Municipal, tendente a garantir o estudo para maior segurança no Eixo da Rua do Til, ter sido aprovado com os votos a favor de toda a oposição e com a abstenção da Coligação Confiança, lembrando que essa mesma proposta tinha sido reprovada em Assembleia de Freguesia, em 2019, para dar lugar a “intervenções avulsas que não resolveram o problema”.
Os social-democratas também votaram, ontem, contra o Voto de Protesto relativo à ação judicial executada pelo Governo Regional para retirar as instalações à Junta de Freguesia do Imaculado Coração de Maria.
“A perseguição política que é alegada nesta matéria cai por terra quando, pela informação de que dispomos, a atitude da Junta de Freguesia – arrogando-se proprietária do imóvel – é que obrigou a Região a intentar a acção para reivindicação da posse e restituição da propriedade”, sustenta o PSD.
Recorda ainda que o referido espaço, “que foi cedido a título precário, em 2011, vinha colmatar uma necessidade que deixou de existir, em Maio passado, com a inauguração da nova sede, altura em que o Presidente da Junta afirmou estarem reunidas todas as condições para garantir o seu funcionamento e a realização de outras atividades, o que não veio a cumprir”.
O PSD defende que “este diferendo deve ser dirimido nos locais próprio, que não a Assembleia de Freguesia”.