Não foi um ano comum, este que culminou. O otimismo e a confiança que fazem parte das resoluções de ano novo desvanecem-se numa névoa de incertezas que marcam o nosso futuro, traçado pelo vírus que nos deixa num terrível estado de pandemia que parece que dura há uma eternidade.
Novos hábitos enraizaram-se no nosso dia a dia e estamos, todos, diferentes. Mesmo aqueles que apregoam a sete ventos que não ligam nenhuma ao vírus e fazem a sua vida normalmente, esses, foram obrigados obviamente a mudar a sua forma de estar no Mundo.
Há, contudo, quem ainda se sirva de alguns fundamentos sem nexo para justificar as suas atitudes irresponsáveis. Há quem ainda não se importe de pôr em risco a vida dos outros, mesmo daquele que ama. Há quem se baseie na desinformação para justificar os seus atos. “Deixá-los”, costuma dizer o povo, mas o pior é que não é bem assim. Devido a essas atitudes menos próprias, o número de casos aumenta. E todos pagamos a conta.
A atuação do Governo Regional para lidar com a Pandemia COVID-19 tem sido implacável. Sempre em linha de conta com as recomendações das autoridades de Saúde nacionais e internacionais, o IASAÚDE tem conseguido dar respostas eficientes.
Apesar de tudo, a Madeira está numa situação muito mais confortável do que muitas outras regiões do País e do Mundo. Se hoje não acompanhamos o cenário dantesco que se afigura noutras localidades, é graças à determinação e à coragem dos nossos governantes, dos profissionais de saúde e das muitas pessoas que seguem à risca as recomendações emanadas por quem de direito.
Isto para dizer que temos de continuar a confiar no trabalho que as autoridades competentes têm vindo a desenvolver. É importante perceber de uma vez por todas que, quando surge um caso, é feito um estudo epidemiológico, ou seja, são identificados os contactos e travadas eventuais cadeias de transmissão. E as pessoas identificadas (os contactos diretos) são testadas ou colocadas em isolamento.
Também não é demais sublinhar que a transparência reina porque não se conseguem esconder casos de infeção. Por razões óbvias!
Quem já não ouviu dizer que há um caso ou surto aqui ou ali e depois passam-se dias, semanas e até meses e, afinal, tudo não era mais do que o “COVIDizer”?
Em pleno confinamento, esta palavra, candidata a ser um neologismo, ganhou força devido aos muitos boatos que surgiam um pouco por todo o país.
No Jardim da Serra, à semelhança do que acontece noutras localidades, há muitas suposições à volta da pandemia. Algumas delas só servem para gerar alguma ansiedade, pânico e medo junto da população.
Já basta estarmos a sofrer as consequências da crise pandémica e ser inevitável que esta venha a ter ainda mais impactos nefastos. Para quê dramatizar mais? Insisto que temos de confiar em quem, até agora, nos tem conseguido proteger.
Vamos todos colaborar, seguindo as recomendações: manter distanciamento social, lavar e desinfetar as mãos com frequência e usar a máscara.
E porque algumas notícias dão conta de ajuntamentos ilícitos em bares na freguesia do Jardim da Serra, que supostamente vão muito além de meros convívios restritos a familiares chegados, queria deixar um simples apelo para que todos possamos contribuir para que o vírus não se propague ainda mais. Vamos tentar respeitar as normas impostas e deixar os grandes convívios e as festas para depois. A fatura pode ser alta!
Para 2021, resta-nos ter Esperança, tentando dar a volta às contrariedades e antevendo dias melhores.
Feliz Ano Novo! Com muita Paz e Saúde!
Sónia Gonçalves