O presidente da Junta de Freguesia de Santa Luzia quer ser um ‘bombeiro’ estando na disposição de apagar a fogueira e mediar um encontro com todos os homólogos do município do Funchal e o responsável pela Unidade de Emergência de Saúde Pública a exemplo do que fez em “Março ou Abril”, adiantou ao DIÁRIO.
Esta iniciativa não é mais do que uma tentativa de esclarecimento de quaisquer dúvidas que subsistam e que, de resto, tem motivado a troca de acusações entre socialistas e social-democratas.
“Estou disponível para isso. Acho que esta discussão não leva a lado nenhum”, expressou José António Rodrigues que está na recta final do seu último mandato, o que na sua opinião lhe dá maior margem de conforto para que não ninguém julgue que esta sua acção seja olhada como um acto de propaganda política, observa: “Não é. Estou no fim e não vou ser candidato”, garante.
E acrescenta: “Fico apenas aborrecido ao ver este tipo de discussão estéril que só causa ruído quando todos deveriam estar concentrados em ajudar a população”, reage. Tal como, diz, não entender a ‘guerra’ contra os apoios que as Casas do Povo estão a conceder ao abrigo do Farol – Apoio Regional às Organizações Locais: “Qual o problema disso? O Não é importante ajudar as pessoas nesta fase dramática? Qual o problema ser a Junta ou uma Casa do Povo?”
Mais uma vez, José António Rodrigues sublinha que a sua freguesia não tem qualquer Casa do Povo pelo que se diz estar “mais à vontade para falar deste tema”, afirma.
Recentemente cinco presidentes, eleitos pela Coligação Confiança, mostraram-se desagradados com a política “ofensiva” de subvenções atribuídas pelo Governo Regional às colectividades que vão dividir entre todas cerca de 1 milhão de euros em detrimento do papel das Juntas de Freguesia.
Também ontem Duarte Caldeira Ferreira acusou Celso Bettencourt de ser incoerente não defendendo com rigor o papel de Coordenador da Associação Nacional de Freguesias justamente por ter “dois pesos e duas medidas”, na medida em que Bettencourt criticara o “esquecimento” do Governo de António Costa por não incluir estes autarcas no quadro de prioridades do Plano Nacional de Vacinação a exemplo de outros titulares de órgãos de soberania.