Os proprietários da parcela de terreno que serviu para construir o Miradouro do Paraíso, em Machico, negam que a Junta de Freguesia da localidade alguma vez tivesse pago qualquer valor para aquisição ou compensação. “Não houve qualquer pagamento do terreno para a construção do referido Miradouro”, esclarece em comunicado, António Nóbrega que afirma ter sentido necessidade de clarificar o que o presidente da Junta afirmou em entrevista ao nosso jornal.
“O senhor presidente da Junta pediu aos proprietários do referido terreno que fosse cedido gratuitamente, porque era um projecto para uma candidatura ao programa comunitário Proderam e a qual não previam expropriações de terrenos”, começa por explicar, sublinhando que os proprietários “concordaram em ceder uma parcela de terreno, com área aproximadamente de 55m²”, conforme projecto apresentado na altura.
Explica ainda que foi feita a declaração de cedência pelos proprietários, que posteriormente foi entregue ao presidente da autarquia para juntar ao processo de candidatura.
Se foram pagos terrenos no âmbito daquela obra, não foi de certeza aos proprietários da referida parcela”, garante, frisando que “não foi o objectivo, nem a intenção dos proprietários obstruir ou impedir a construção do mesmo”, mas “colaborar e contribuir” para que Machico e o sítio do Paraíso tivessem um “local de referência tanto para os turistas como para os residentes” de onde se pode ter uma vista soberba sobre a baía e sobre o vale de Machico.
Um facto que, salienta, “não posso deixar de o fazer, clarificando em nome da “verdade e da transparência”.
Ora, na entrevista e à pergunta se tinha sido pago, o autarca respondeu afirmativamente e até teria sido pacífico. Confrontado novamente com o assunto disse que ter percebido mal a pergunta e que efectivamente não foi pago valor algum: “Jamais garantiria que tinha sido pago quando na verdade não foi”, desculpou-se. Ψద