A Junta de Freguesia de Machico está a desenvolver um projecto simbólico e intergeracional que visa preservar a memória da freguesia: uma cápsula do tempo com contributos da comunidade educativa, a ser aberta apenas no ano de 2050. A iniciativa, intitulada “Cápsula do Tempo”, pretende reunir reflexões, registos, objetos e testemunhos que ilustrem o quotidiano de Machico em 2025.
O projecto convida alunos das escolas da freguesia, com o apoio dos professores, a reflectirem sobre o presente e a escolherem o que gostariam de transmitir às gerações futuras. O tema proposto é “A vida na nossa freguesia em 2025” e os contributos poderão incluir cartas para o futuro, notícias de jornais, desenhos, fotografias, vídeos, entrevistas a moradores antigos, objetos representativos da cultura local, entre outros elementos.
A cápsula será selada a 2 de Julho de 2025, numa cerimónia pública nas instalações da Junta de Freguesia, com registo do momento e presença de todos os intervenientes. O recipiente será resistente e impermeabilizado, de forma a proteger o conteúdo da humidade e de outros agentes externos. No local onde será depositada será colocada uma indicação clara da data de abertura prevista: 2 de Julho de 2050, dia da freguesia de Machico, precisamente 25 anos depois.
Para assegurar que os contributos seleccionados representem de forma equilibrada a diversidade e identidade da comunidade, a Junta compromete-se a fazer uma selecção criteriosa dos materiais recebidos, evitando repetições e garantindo que o espaço disponível seja utilizado da forma mais eficiente possível.
A Junta de Freguesia de Machico apela à participação activa das escolas e está disponível para reunir com as direcções e docentes para prestar esclarecimentos sobre o projecto. O prazo para entrega dos materiais decorre durante o mês de Junho.
A “Cápsula do Tempo” é apresentada como uma oportunidade pedagógica, emocional e cultural para registar aquilo que Machico é hoje e oferecer às gerações futuras um retrato autêntico da sua história recente. Trata-se, como refere a organização, de um gesto de memória, identidade e esperança.