Gilberto Garrido
Gilberto Garrido
Quem passeia pela Ponta do Pargo e percorre a Rua César Augusto Pestana, em direção ao Farol, ao passar ao lado do Pico das Favas certamente não resiste à imensa curiosidade de subir até aos 392 metros de altitude do dito pico.
Qualquer pessoa fica encantada com a paisagem que dali se desfruta – vê-se quase toda a freguesia, do sítio da Lombada Velha ao sítio do Amparo, uma vista magnífica sobre o Farol – mas chocado com o estado atual em que se encontra o cume da mesma elevação.
Aquele local é dos mais importantes da história da freguesia. Foi no sopé desta elevação, Pé do Pico, que um pouco antes de 1560 os pescadores locais ajudaram a construir a primeira capela da freguesia, dedicada a São Pedro.
Foi no Pico das Favas que foi construída e funcionou durante muitos anos a Estação Semafórica da freguesia. Por volta de 1940 foi criado na freguesia um movimento para a construção de um cruzeiro no topo do pico que, segundo se previa, poderia ser visitado de carro, numa estrada de acesso, a ser construída na encosta da dita elevação.
Aquele local é dos mais importantes da história da freguesia. Foi no sopé desta elevação, Pé do Pico, que um pouco antes de 1560 os pescadores locais ajudaram a construir a primeira capela da freguesia, dedicada a São Pedro.
Foi no Pico das Favas que foi construída e funcionou durante muitos anos a Estação Semafórica da freguesia. Por volta de 1940 foi criado na freguesia um movimento para a construção de um cruzeiro no topo do pico que, segundo se previa, poderia ser visitado de carro, numa estrada de acesso, a ser construída na encosta da dita elevação.
Que se pode visualizar? Num completo desrespeito pela história e pelas pessoas da freguesia e mesmo da região, a RDP mandou construir uma pequena casa, onde implantou uma antena de retransmissão de sinal, ocupando quase na totalidade as ruínas da referida Estação Semafórica, assim como a base do entretanto abandonado projeto do Cruzeiro. (Por razões que no momento desconhecemos, mas prometemos investigar, este projeto foi abandonado. O sonho imaginado era construir um monumento à semelhança do existente no Pico dos Barcelos e no Pico da Torre em Câmara de Lobos).
Com tantos picos na freguesia, como se entende que fosse logo aquele a ser ocupado? Que tristeza!
Aguardamos oportunamente um gesto digno de registo e de louvar se esta infraestrutura fosse removida daquele maravilhoso sítio, a antena colocada noutro local, fazendo com que o passado e a história fossem respeitados e (…) pudessem devolver àquele espaço a dignidade e o significado que este local sempre representou para as pessoas da nossa freguesia.
Ficamos todos à espera, acreditando que este erro será um dia rectificado.