Tânia Sofia Gonçalves
Tânia Sofia Gonçalves
Santa Maria Maior é a freguesia mais importante da nossa cidade, não só porque a norte percorremos as montanhas frondosas e a sul mergulhamos no oceano Atlântico, mas também porque a nível histórico foi a primeira freguesia a ser edificada no Funchal e, segundo os historiadores, pelo seu povoamento inicial, representa, inclusive, um marco histórico da expansão de Portugal.
Ainda nos dias de hoje, Santa Maria Maior assume, sem rodeios, o seu papel preponderante na nossa Capital a todos os níveis do seu desenvolvimento cultural, social e económico. Destaco a importância que tem vindo a desempenhar relativamente à educação das populações, desde as crianças, jovens, adolescentes até aos alunos que ingressam no ensino superior, com atribuição de bolsas de estudo, bem como junto dos mais idosos através dos apoios sociais e, a nível de formação e ocupação de tempos livres, com a sua Universidade Sénior.
Abre-se as páginas de Santa Maria Maior e salta logo à vista o Mercado dos Lavradores, o Jardim Botânico, a Fortaleza de São Tiago, a Casa da Luz, o Marítimo, que nasceu no antigo campo do Almirante Reis, o edifício do Comando Regional da PSP, o cemitério judaico do Funchal, entre tantas outras referências culturais. Em termos educativos, a freguesia possui dez instituições de ensino, todas elas diversas no tipo de formação e abrangentes no âmbito das suas especificidades.
A Escola Secundária Jaime Moniz, o Liceu, a “minha” escola, onde frequentei o meu terceiro ciclo e secundário e exerci, pela primeira vez, a minha profissão de professora de Física e Química, durante quatro anos, é uma referência nacional pela qualidade do seu ensino e resultados nas avaliações externas dos seus alunos. Apesar de estar sediada na nossa freguesia os alunos que a frequentam vêm de todos os cantos da ilha, em busca do seu sonho.
Quanto aos primeiros anos da formação e educação, residem na freguesia um conjunto diversificado de escolas, com uma oferta educativa variada, que se responsabilizam pela formação dos nossos fregueses nos primeiros ciclos de estudos, onde se estruturam e constroem as bases.
Neste contexto, encontramos as escolas EB1/PE Visconde Cacongo, a EB1/PE do Faial, EB1/PE do Ribeiro Domingos Dias, EB1/PE São Filipe, EB1/PE Aspirante Mota Freitas, EB1/PE Prof. Eleutério de Aguiar e o Externato Adventista. De referência, pela história e qualidade, tenho de relevar a tradição da Escola Salesiana de Artes e Ofícios.
Por fim, e, para mim, das principais, destaco a Escola Básica dos 2º e 3º Ciclos dos Louros onde leciono há dez anos. Uma escola “sui generis”, atualmente, uma referência regional na perspetiva da formação e acompanhamento dos alunos surdos, com um trabalho técnico e bastante específico de qualidade. É, sem dúvida, uma escola inclusiva que reconhece e valoriza o papel das famílias e da sociedade envolvente, tentando, em conjunto, encontrar as melhores estratégias e as respostas mais adequadas aos interesses e necessidades integrais da população estudantil.