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A arte no encontro

4 Junho, 2018 às 16:12

Beto Martins

Cultura é um conceito colossal. Nele está conglomerado e imiscuído um conjunto de aspetos comuns a determinados grupos humanos e localidades. E há quem creia na sua enormidade e na importância basilar que detém para a continuidade do que é a essência das pessoas, dos grupos populacionais e dos lugares.

Pelo vigésimo quinto ano consecutivo reuniram-se, em São Roque do Faial, a maior parte dos grupos culturais do concelho de Santana. Duas dezenas de grupos em ambiente de partilha e de festa, ao longo de três dias, apresentaram o que de melhor fazem, no domínio da música instrumental, do canto, da dança, da representação, do malabarismo, da moda e da gastronomia. A cada encontro e ano após ano as performances são diferentes. Ainda que os grupos ou executantes sejam os mesmos, que as peças ou os trabalhos apresentados possam ser repetidos, cada interpretação é diferente, porque todos os dias o ser humano muda, todos os dias transforma-se e fica diferente, porque todos os dias a enculturação vai acontecendo.

As peças musicais apresentadas quer pelas bandas filarmónicas quer pelas tunas ou orquestras deixam de ser apenas parte dos seus compositores, sobretudo do seu modo de pensar e de sentir, assumindo-se como reflexo do estado de alma dos seus executantes, da pujança dos agrupamentos, da saúde das instituições que representam e das comunidades de onde vêm.

Tanto na música, como na dança ou no canto, as pessoas são e existem pelas suas vozes e pelos seus gestos. As pessoas são assim, na verdade, feitas daquilo que significam. São sorrisos e expressões, são vozes e sentimentos, são pensamentos e razões, são memórias e recordações, são atos e intenções.

Quando na dança, seja folclore ou dança contemporânea, assistimos a um bailado, apercebemo-nos, subtilmente, da expressão dos estados de emoção e de pensamento, de hábitos e de filosofias de vida, comuns aos seus executantes e extraídos aos seus antepassados. As características das indumentárias que envergam, os apetrechos que os acompanham, os instrumentos, as vozes e o balancear dos corpos são, consequentemente, o efeito do modo de viver que foi e é influenciado por predecessores e por contemporâneos. No momento em que uma peça é apresentada e consegue captar a atenção do espetador, envolvendo-o com o que vê, ouve ou sente, é nesse preciso instante que a arte se concretiza e, assumindo o seu pleno significado, transforma-nos como pessoas. A cada estalar de dedos, a cada passo e a cada volta, revivem-se momentos, locais e pessoas.

Tanto na música, como na dança ou no canto, as pessoas são e existem pelas suas vozes e pelos seus gestos. As pessoas são assim, na verdade, feitas daquilo que significam. São sorrisos e expressões, são vozes e sentimentos, são pensamentos e razões, são memórias e recordações, são atos e intenções.

É por isto que em São Roque do Faial se valoriza a expressão cultural e nela, cada pessoa e cada família, cada grupo e cada tradição. Por cá há pessoas que acreditam na cultura, mas acreditam com poder e com vontade. Acreditam no bem que ela produz e, sobretudo, no bem que ela é em si mesma, por isso os encontros acontecem, a arte se revela e a cultura vai-se perpetuando.

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