Ana Luísa Freitas
Ana Luísa Freitas
Aqui… em Santana, mescla de ambientes, que se estende do mar- rocha do Navio – à serra – Pico Ruivo – trabalha-se intensamente em tudo. É uma freguesia com gente simples, pacífica, que luta pela vida e conhece o respeito.
Amanham-se as terras férteis, com qualidade e quantidade de produção, e, ainda hoje, cuida-se de gado e outros animais domésticos.
Pratica-se não só a Agricultura tradicional como também a agricultura biológica com produtos naturalmente mais saudáveis isentos de adubos e pesticidas químicos artificiais.
No mercado agrícola local, durante o fim de semana, podemos ter acesso e comprar os mais variados frutos, flores, hortícolas, ervas aromáticas, pão, etc…O pão caseiro, é realmente muito bom, confeccionado em parte com batata doce, fermento especial, num ritual muito próprio, com a benzedura da massa, forno a lenha e distingue-se de todos os outros!
É um concelho, que ainda sobrevive da agricultura, e por isso também se sente o peso da emigração e a procura de melhores condições de vida.
O Turismo com muito potencial é bem marcado , tem as casinhas de colmo como ex-libris da Madeira, e são variados os locais dignos de visita e muito procurados , como Queimadas, Caldeirão Verde, Caldeirão do Inferno, Pico Ruivo, Achada do Teixeira, Pico das Pedras, Rocha do Navio, etc.
Os percursos pedestres, distinguem-se pela beleza, plantas endémicas e magia ímpares. É oportuno aconselhar, o não consumo dos cogumelos que possam encontrar devido ao seu poder alucinogénico.
A Rocha do Navio, zona muito atractiva, é uma reserva natural marinha, desde 1997, estende-se da Ponta do Clérigo a leste à ponta de São Jorge a Oeste. Inclui o ilhéu da Rocha das Vinhas e o Ilhéu da Viúva. O nome, Rocha do Navio, provém do naufrágio de uma embarcação holandesa no séc XIX nesta zona devido a ventos fortes. O acesso à Reserva Natural, faz-se pelo teleférico no Miradouro da Rocha do Navio ou a pé pela vereda escarpada na rocha. Esta reserva foi criada para proteger a fauna e a flora marinha devido ao uso abusivo de redes de emalhar e explosivos nas lides pesqueiras. Aqui, de vez em quando avistam-se lobos-marinhos (Monachus monachus).
Na gastronomia, há espaços de restauração com qualidade e diversidade. Por tudo isto e mais, vale a pena, visitar esta zona nortenha, que foi a primeira cidade do século XXI.