A maior lapinha da Região, distribuída em 2 pisos, numa área com mais de 600 m2, pode ser visitada até o próximo domingo, entre as 15 e as 21 horas. A entrada é gratuita.
São dois pisos de exposição. Mais de 600 metros quadrados. São milhares de peças expostas, quem podem ser vistas até ao próximo domingo, dia 19 de Janeiro. A Lapinha do Galeão é, já há duas décadas, um ícone da freguesia de São Roque.
“Neste Natal já passaram por aqui mais de 50 mil pessoas. Madeirenses e até turistas de cruzeiros, e de autocarros vindos de unidades hoteleiras. Tem sido uma constante”, resume Juvenal Silva, presidente da Associação Cultural e Recreativa do Galeão, que tem sido o principal rosto desta iniciativa, que há muito extravasa as fronteiras da freguesia.
“É a maior lapinha feita na Região. São milhares de figuras, juntas em vários quadros alusivos à época e à Madeira. Mostra as nossas tradições, e muito nos orgulha”, diz o presidente da Junta de Freguesia de São Roque, Pedro Gomes, adiantando que, dado o interesse das pessoas em visitar a exposição, foi decidido mantê-la patente até ao próximo domingo.
É, repete Pedro Gomes, a maior lapinha da Madeira. “Do país”, sublinha Juvenal Silva. “Esta é uma tradição madeirense, e não existe paralelo em Portugal”, garante, explicando que o tema deste ano é ‘Madeira – Levadas e Tradições’, que engloba 19 quadros/espaços alusivos aos usos e costumes das diferentes freguesias da Região.
“É a própria Madeira representada dentro da nossa lapinha. Com levadas a correr no interior, onde toda a área da exposição foi forrada para os visitantes terem a sensação de estarem no interior de uma furna”, acrescenta Juvenal Silva, dizendo que a idealização e montagem da lapinha é um trabalho moroso, mas aliciante. “Começamos a 15 de Setembro a trabalhar para compor esta lapinha, que ficou pronta a 15 de Dezembro. Foram três meses de trabalho árduo. Um mês e meio de exposição e, depois, mais um mês para desmanchá-la. Vale a pena”, sintetiza.
Todos os anos, a Associação Cultural e Recreativa do Galeão, implantada no bairro com o mesmo nome, procura inovar. No ano passado, o tema foi ‘Festas da Madeira’, e para o Natal de 2020 a ideia ainda não está pensada, referiu Juvenal Silva. “A inspiração só vem quando o espaço fica novamente em branco”, confessa, dizendo que todo o trabalho é desenvolvido por uma equipa de quatro a cinco pessoas, com muita experiência e dedicação.
O resultado é este. “Os olhos vêm e o corpo reage”, diz, sem esconder a satisfação pelos comentários positivos que tem ouvido. “Significa que as pessoas gostam muito. Saem daqui felizes. De outra forma não teríamos tanta adesão.”
Já Pedro Gomes sublinha o efeito multiplicador que as visitantes têm na economia da freguesia. “É mais uma iniciativa positiva tanto para a pequena economia familiar, como a economia das empresas. A Lapinha do Galeão divulga a freguesia, e coloca São Roque no mapa.”
A XXI Mostra da Lapinha do Galeão está patente até 19 de Janeiro, num espaço situado na Rua Escola Secundária do Galeão, junto ao Centro de Saúde de São Roque. As visitas são entre as 15 e as 21 horas, e a entrada é gratuita.