Elisa Seixas
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Só há duas freguesias que se podem orgulhar de ter o seu próprio mercado municipal: Santa Maria Maior, com o Mercado dos Lavradores (o mais antigo), e S. Roque, com o Mercado da Penteada.
Inaugurado a 30 de setembro de 1988 e inicialmente designado como Mercado Polivalente da Penteada, foi projetado por António Marques Miguel e Fernando Machado, um edifício de linhas simples como é característica do movimento modernista. Conta, numa das suas fachadas, com um painel cerâmico realizado por Gil Bazenga e Celso Caires; os azulejos foram desenhados por Celso Caires, sendo que o conjunto de peças quadrangulares são da responsabilidade de Gil Bazenga. Esta peça constitui, sem dúvida, como peça importante do património artístico da freguesia. Concebido como parte integrante da tentativa de criar uma nova centralidade, ao longo dos anos foi perdendo o seu fulgor e importância junto da população de S. Roque.
Mas a respiração do Mercado não se esgota nos seus estabelecimentos nem na simples transação de bens, muito embora essa dinâmica seja fundamental para a economia local…
Quase trinta anos depois impunha-se uma requalificação que lhe imprimisse nova dinâmica; em 2015 modernizou-se. No melhoramento das condições do espaço, na diversificação dos vários estabelecimentos comerciais, no parque infantil a piscar o olho às famílias que sabem o que significa ter de se fazer acompanhar por crianças, o espaço para tomar o café por entre afazeres e o estacionamento mesmo ali à mão de semear. E um horário alargado, sendo o único mercado municipal a funcionar aos domingos e feriados.
Mas a respiração do Mercado não se esgota nos seus estabelecimentos nem na simples transação de bens, muito embora essa dinâmica seja fundamental para a economia local; tem sido aposta da Câmara Municipal do Funchal a dinamização daquele espaço com eventos de cariz cultural; exemplo disso foi o passado fim-de-semana (22 a 24 de junho), com as Marchas Populares de S. João que mobilizaram diferentes organizações e associações dentro e fora da freguesia, bem como especialidades gastronómicas da época e animação musical. Nestas alturas o mercado torna-se ainda mais vibrante, espaço de convivialidade por excelência. É aproveitar.
