A Assembleia de Freguesia de Água de Pena aprovou, na passada quarta-feira, 24 de Junho, por unanimidade, um voto de protesto à iniciativa do Município de Machico de disponibilização de acesso à rede Wifi, de forma gratuita, em espaços públicos do concelho. A razão do protesto prende-se com o facto de a iniciativa não contemplar a Freguesia de Água de Pena.
“No dia em que a Freguesia de Água de Pena celebrou 484 anos, a Câmara de Machico anunciou a disponibilização de acesso à rede Wifi, de forma gratuita, em espaços públicos do concelho, no âmbito de uma candidatura submetida à iniciativa ‘WIFI4EU’. As zonas de implementação desta medida contemplam apenas zonas das freguesias de Machico, Porto da Cruz e Caniçal, ficando descuradas as freguesias de Santo António da Serra e Água de Pena”, expõe uma nota da assinada por Samuel Caldeira, membro da Assembleia de Freguesia de Água de Pena do PPD/PSD.
O social-democrata realça que “Água de Pena é a freguesia que mais tem crescido em termos de população nos últimos anos (desde o ano de 2010 aumentou 20% em número de habitantes)”, pelo que “esta medida teria sido importante para a dinamização de espaços públicos da freguesia, nomeadamente do Complexo Desportivo de Água de Pena e do centro da freguesia, zona mais movimentada, e onde estão implantados vários edifícios públicos, como a Escola, a Junta de Freguesia, a Igreja, e a Casa do Povo”.
Samuel Caldeira diz que a Câmara perdeu a oportunidade de realizar “algo capaz de dinamizar e chegar a todas as freguesias do concelho e lamenta que Água de Pena tenha sido “descurada pelo Município”, Situação esta que “já é recorrente”, frisa.
A este propósito recorda que “há dois anos, em Junho de 2018, a Assembleia de Freguesia tinha aprovado um voto de protesto pela falta de solidariedade financeira por parte do município de Machico, que, com um resultado líquido de 2017 de 1.103.835 euros, destinou à Freguesia uns míseros 16 mil euros.”
“As ‘guerrinhas’ internas do PS na gestão camarária têm deixado a população de Água de Pena votada ao esquecimento”, acrescenta Samuel Caldeira.