Ao chegar ao Arco de São Jorge ouvem-se os pássaros e as ondas do mar e é um dos sítios onde impera a calma. Os carros que passam são, na sua esmagadora maioria, provenientes de rent-a-car, tal como comprovam os autocolantes colados nos vidros e portas.
Junto ao edifício onde funciona o Centro de Saúde e a Junta de Freguesia não se vê ninguém. Mais acima, do outro lado do roseiral, fica o mini-mercado de Fernando Pestana que, à porta, espera por clientes. Abordado pelo DIÁRIO, embora parco em palavras, confessa que, agora, a maioria dos clientes são turistas que estão de passagem ou aqueles que ficam a pernoitar na freguesia, graças aos inúmeros alojamentos locais que proliferam a cada esquina. Aliás, as placas indicativas de AL são um dos destaques, neste momento, no Arco de São Jorge.
O Norte está condenado. Os preços altos da habitação podiam fazer com que as pessoas viessem para cá, por ser mais barato, mas nem isso parece possível. Mesmo os emigrantes que vêm aqui de férias já não são tantos como antes.
Fernando Pestana
Também as crianças que cá vivem são já poucas e, por isso, não há escolas abertas. “Também, para estar cheio de professores para dar aulas a meia dúzia de crianças, não compensa”, admite Leonel Pestana. Do alto dos seus 72 anos, assume que agora quer é gozar a reforma na pacatez do sítio que há cerca de 30 anos chama de casa. Quando questionado sobre o que se poderia fazer pelo Arco ou o que podia mudar, o homem diz que é melhor nem falar em nada. “Ao tempo que peço uma varanda no caminho de acesso a casa e nunca ninguém fez nada…”, desabafa.
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