Na sequência do alerta deixado esta manhã por Raimundo Quintal quanto à necessidade de uma limpeza urgente do material combustível que se acumula em algumas zonas circundantes aos picos Gandaia e do Facho, o ‘Diário das Freguesias’ questionou a Secretaria Regional do Ambiente e Recursos Naturais (SRARN) a propósito desta situação.
Pese embora as particularidades da ilha do Porto Santo e desta situação em específico, o Instituto das Florestas e Conservação (IFCN) fez saber que procede a monitorizações periódicas para a avaliação do estado fitossanitário das áreas arborizadas, tendo a situação reportada pelo geógrafo madeirense já sido sinalizada por aquela entidade tutelada pela SRARN. Esta zona já foi, inclusive, “alvo de intervenções, através da promoção de campanhas de limpeza e remoção de biomassa florestal, como as divulgadas nas redes sociais nos passados dias 18 de Fevereiro e 21 de Março do corrente ano, aquando das comemorações do Dia Internacional das Florestas”, esclarecem, acções às quais pretendem dar continuidade.
O IFCN esclarece, também, que “os períodos de seca prolongados, em que o Porto Santo é bom exemplo, encontram ainda efeitos mais perniciosos quando associados a condições edáficas pouco favoráveis ou até desfavoráveis (mas as possíveis), que trazem dificuldades acrescidas e que potenciam fenómenos mais ou menos pontuais de declínio”, de que poderá ser exemplo o caso mencionado.
Note-se que, são feitas monitorizações periódicas anuais pelo IFCN, acções realizadas com grande intensidade e abrangendo toda a ilha. Estas acções implicam a recolha de amostras para análise laboratorial (quando justificável), mas também através da instalação e monitorização de uma rede de armadilhas para detecção precoce de eventuais agentes bióticos de declínio, sendo de notar que “até à presente data todos os resultados laboratoriais realizados foram negativos para a sua presença”, referem na nota que nos foi remetida.