• Curral das Freiras
    • Calheta
      • Arco da Calheta
      • Calheta
      • Estreito da Calheta
      • Fajã da Ovelha
      • Jardim do Mar
      • Paul do Mar
      • Ponta do Pargo
      • Prazeres
    • Câmara de Lobos
      • Câmara de Lobos
      • Curral das Freiras
      • Estreito de Câmara de Lobos
      • Jardim da Serra
      • Quinta Grande
    • Funchal
      • Imaculado Coração de Maria
      • Monte
      • Sé
      • Santo António
      • Santa Luzia
      • Santa Maria Maior
      • São Gonçalo
      • São Martinho
      • São Pedro
      • São Roque
    • Machico
      • Água de Pena
      • Caniçal
      • Machico
      • Porto da Cruz
      • Santo António da Serra
    • Ponta do Sol
      • Canhas
      • Madalena do Mar
      • Ponta do Sol
    • Porto Moniz
      • Achadas da Cruz
      • Porto Moniz
      • Ribeira da Janela
      • Seixal
    • Porto Santo
      • Porto Santo
    • Ribeira Brava
      • Campanário
      • Ribeira Brava
      • Serra de Água
      • Tabua
    • Santa Cruz
      • Camacha
      • Caniço
      • Gaula
      • Santa Cruz
      • Santo António da Serra
    • Santana
      • Arco de São Jorge
      • Faial
      • Ilha
      • Santana
      • São Jorge
      • São Roque do Faial
    • São Vicente
      • Boa Ventura
      • Ponta Delgada
      • São Vicente
Um exemplo de bem promover a qualidade de vida
22 Março, 2018
Curral das Freiras, terra de pastores
25 Maio, 2018

As ‘domingas’

16 Abril, 2018 às 15:17
Isabel Cristina Camacho

Isabel Cristina Camacho

As domingas, assim são conhecidas as visitas pascais no Curral das Freiras.

Quem não conhece a realidade do Curral das Freiras, estará longe de imaginar a importância deste evento religioso e cultural na nossa freguesia.

Mais do que o Natal ou a Páscoa, as visitas Pascais, representam a tradição mais profundamente enraizada nas nossas gentes. Vem, já, dos séculos passados a tradição de trazer toda a família e amigos a casa, no dia do Espírito Santo. Desde há muito se preparam as casas, enfeitando-as o melhor possível para o grande dia. Antigamente, quando as casas eram  cobertas de palha e as paredes das poucas divisões, eram feitas de pedra, enfiavam-se ramos perfumados de açucenas pelos buracos das paredes, entre as pedras talhadas à mão e nas brechas entre as palhas das coberturas, para dar um ar festivo.

Ainda hoje, apesar da evolução, vivemos profundamente esta tradição.

São dez, as “domingas”, tantas quantos sítios o Curral das Freiras tem e começando pelo sítio da Capela, terminam  dois meses depois no sítio da Fajã Escura.

Em cada sítio, em cada casa, prepara-se minuciosamente o grande dia. As veredas, são arranjadas, os portais, mondados, os terreiros varridos e impecavelmente, lavados.

Aqui, as principais limpezas gerais, acontecem nesta época e não há gaveta nem armário que escape a uma reviravolta, envolvendo toda a gente, (principalmente as mulheres) numa correria desenfreada e em trabalhos redobrados. Decoram-se as casas com esmero e tudo é preparado ao pormenor.

A hora da chegada do Divino, é muito emotiva! “Divino Espírito Santo, na sua casa e no seu coração”, é a saudação dos festeiros que trazem as Insígnias. Naquela hora todos se unem em oração, todos participam nas cantorias.

São designados 3 festeiros por sítio, normalmente, que se oferecem, para percorrerem o respetivo sítio durante a sua dominga.

No grande dia, o Divino Espírito Santo, sai da igreja, logo depois da “missa da manhã” e começa logo ali a festa.  As casas enchem-se de cheiros, de alegria e de gente. São os familiares, os amigos, os  conhecidos e aqueles que porventura aparecerem, todos têm um lugar à mesa  e um bom prato de comida, generosamente regado com o bom vinho curraleiro.

As iguarias, essas, variam de casa para casa, mas regra geral, não falta à mesa o famoso cabrito, e nem a canja no final do dia, delicadamente perfumada com um “nadinha” de canela.

A hora da chegada do Divino, é muito emotiva! “Divino Espírito Santo, na sua casa e no seu coração”, é a saudação dos festeiros que trazem as Insígnias. Naquela hora todos se unem em oração, todos participam nas cantorias. As vozes das saloias, ao som do acordeão, das violas e rajões, enchem a casa enchem os corações e afloram aos olhos as lágrimas, quando se recordam os que já faleceram  e os que um dia tiveram de emigrar mas que neste dia fazem questão de mandar uma oferta “para deitar na salva”

O culminar, é o recolher do Divino Espírito Santo, à noitinha, na igreja, é mais um convívio, com  jogos tradicionais, mais cantorias e mais alegria, dominga após dominga, o Curral das Freiras ganha mais vida, como que “Ressuscita” nesta época da Páscoa!

Share

Publicações relacionadas

25 Outubro, 2022

O castanheiro e os seus desafios do futuro


Ler mais
11 Março, 2021

Parabéns Curral das Freiras!


Ler mais
24 Dezembro, 2020

Este Natal


Ler mais

Eventos

Últimas

  • Junta investe em habitação, agricultura e requalificação de trilhos
  • Exposição lúdica da Associação Ornitológica da Madeira em São Roque
  • EB1/PE das Figueirinhas realiza mobilidade Erasmus+ na Áustria
  • Tunacedros de São Roque do Faial em digressão a Viseu
  • ADN denuncia “estado vergonhoso” da limpeza e manutenção das áreas públicas no Caniço
Copyright © 2018 Empresa Diário de Notícias, Lda. Todos os direitos reservados.