O presidente da Junta de Freguesia do Paul do Mar está preocupado com a degradação do bairro social. O autarca centrista lamenta a precariedade por conta de “humidades causadas pelas infiltrações das chuvas” dos últimos meses. Paulo Sérgio Rodrigues critica a passividade da Câmara Municipal da Calheta, justamente por ser a proprietária dos fogos de habitação e por ter responsabilidade na beneficiação dos imóveis, situação que diz não assistir.
Ao lado dos fregueses, o autarca eleito no passado mês de Outubro pelo CDS/PP-Madeira revela que já fez saber formalmente ao executivo, presidido por Carlos Teles, o registo de alguns constrangimentos que assolam a localidade.
“O caso mais problemático acontece no bairro”, sublinha em jeito de denúncia. Mas existem outros que afligem o autarca.
É o caso da zona balnear/solário da Ribeira das Galinhas. Entende que deveria ter existido a regularização do calhau, proporcionando condições aos visitantes que aproveitam as férias da Páscoa para desfrutarem de umas férias. Rodrigues afirma que a imagem da freguesia fica beliscada, mas também a do concelho.
“Esta é uma zona muito procurada em dias de sol e encontra-se totalmente irreconhecível depois da requalificação do pontão e pelo material rochoso trazido pelo temporal”, que afectou também a sua freguesia.
Com os meios que dispõe a Junta, Paulo Sérgio Rodrigues refere ser “impossível remover o material” pelo que só conta com a “boa vontade da Câmara para resolver esta situação”.
Há outra situação que também diz não entender: “Porque é que antes, durante ou depois de o mar bravio ter causado estragos na orla costeira da freguesia nunca fui abordado por nenhuma entidade?”.
O autarca considera que os alertas emitidos pelo Serviço de Protecção Civil justificavam uma informação tanto da autarquia calhetense como da vice-presidência do Governo Regional que enviaram os principais responsáveis para se inteirarem das consequências.
“Só tive conhecimento através da comunicação social que visitaram a freguesia. Se calhar, se tivesse sido eleita pelo PSD-M, teriam a preocupação de informar para estar presente na ronda que efectuaram”, reage.
Por falar em limpezas afirma com desagrado que a única realizada foi no porto. “Se tivessem aproveitado a maquinaria para limparem a zona balnear da Ribeira das Galinhas poderiam evitar novos custos com o aluguer de máquinas para posterior limpeza”, volta a lançar nova ‘farpa’ à Câmara.
Reclama também que todos os ofícios que tem enviado até à data de hoje à Câmara não obtiveram qualquer resposta e admite não saber se ele algum dia receberá. Esta é uma situação que o preocupa, mas promete não cruzar os braços e garante que vai denunciar tudo que prejudique o seu trabalho e a sua freguesia.
Em resumo, entende que por ter sido candidato eleito pelo CDS-PP está “a ser prejudicado assim como a sua freguesia e a sua população”, todavia, frisa que não foi eleito para “travar guerras partidárias com ninguém, mas sim eleito para resolver os problemas da população”.