O presidente da Junta de Freguesia da Ponta do Sol já não sabe o que fazer para conseguir que a única funcionária da Junta, que está de baixa médica desde Janeiro de 2019, devolva as chaves do edifício.
Nem mesmo após o envio de duas cartas registadas João Campanário foi capaz de pôr fim ao problema que se arrasta há quase um ano e que obrigou a Junta a contratar, mesmo que a recibos verdes, alguém que pudesse assegurar os serviços administrativos da instituição.
O máximo que conseguiu da funcionária ausente foi uma resposta, por meio de um bilhete, dando conta de que entregaria a chave assim que se deslocasse à Vila da Ponta do Sol. A verdade é que tal nunca aconteceu. “Não acredito que num ano ainda não tenha vindo à Vila?”, duvida o autarca, já que a funcionária “vai à Ribeira Brava enviar a baixa por Correio e não tem forma de passar aqui para entregar a chave?”, questiona-se.
Além da chave da porta principal, o presidente pede, também, que sejam devolvidas as chaves de algumas gavetas que se encontram trancadas, bem como a das instalações sanitárias cuja utilização está, desde então, impossibilitada. Mesmo temendo que no interior das gavetas possam estar documento importantes, nomeadamente actas dos mandatos de 2009 a 2013, cuja falta já foi notada nos dossiers respectivos, o líder do executivo recusa-se arrombar esses compartimentos sem a presença de alguma entidade que possa testemunhar o que lá existe dentro. “Não vou compactuar com eventuais irregularidades”, defende-se.
Na opinião de João Campanário a postura da funcionária “demonstra o abuso e desrespeito pelas instituições públicas”, com o autarca a não querer acreditar que esta postura se deva a questões partidárias, ou sequer a desagrado por lhe ter sido negado o gozo de férias que não cumpriram com o necessário aviso prévio.
O ‘Diário das Freguesias’ tentou chegar à fala com a referida funcionária, mas todos os esforços foram infrutíferos.