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Parabéns à Banda Municipal de Machico

14 Novembro, 2018 às 16:42
Ricardo Faria

Ricardo Faria

A Banda Municipal de Machico celebrou no passado dia 1 de novembro 122 anos de existência. Esta é a coletividade reconhecidamente mais antiga e com maior historial, não só da freguesia como do concelho de Machico.

A 1 de novembro de 1896 três arrojados irmãos, João Miranda, Manuela da Costa Miranda e Venância da Costa Miranda, fundaram a banda que inicialmente se designou Filarmónica D. Carlos I, em homenagem ao monarca português, possuindo título de autorização para tal designação, passado pelo rei, segundo o site aprenderamadeira.net. Só mais tarde passou a designar-se Banda Municipal de Machico.

O aparecimento das bandas filarmónicas na região dá-se na segunda metade do século XIX. A Filarmónica dos Artistas Funchalenses (primeira denominação para a atual Banda Municipal do Funchal) surge em 1850, segundo o site aprenderamadeira.net. De acordo com o mesmo site “o século tinha começado com uma guerra e posterior ocupação da ilha da Madeira pelas tropas inglesas. Nesse período conturbado das invasões francesas, os grandes contingentes militares não dispensavam as fanfarras nos seus longos desfiles e na inevitável ordem unida. A presença do exército inglês no Funchal, entre 1801 e 1814, vai dar a conhecer aos madeirenses um certo tipo de banda, que será posteriormente desenvolvida em Portugal continental, primeiro na Banda da Armada e depois nos batalhões e regimentos de infantaria espalhados pelo país”.

No entanto, é, sem dúvida nenhuma, fora do Funchal que o fenómeno das bandas ganha expressão na região. Segundo o site aprenderamadeira.net a primeira banda fora do Funchal a ser criada foi no Paul do Mar (1874), depois na Ponta do Sol (1882) seguindo-se Faial (1895), Santa Cruz e Machico (1896). Centrando a sua atividade à volta da escola de música, as bandas ganharam a simpatia das populações e a convivência fácil com a comunidade, que as prestigiaram apoiando-as na compra de instrumentos ou contratando os serviços musicais para as diversas festas tradicionais ao longo do calendário, fonte de receitas para manter os ativos, tanto os músicos como os mestres. O arraial madeirense, na sua ideia chave de partilha do profano e do sagrado, encontraria na banda de música o seu perfeito aliado.

As bandas filarmónicas são assim uma das formas mais antigas de cultura da nossa região, possuindo uma ligação muito estreita nas comunidades onde estão inseridas. De acordo com a Associação de Bandas Filarmónicas da Região Autónoma da Madeira, “ as filarmónicas regionais na sua maioria já ultrapassou ou está prestes a comemorar o seu centenário, quase na totalidade sem interrupções na sua atividade, isto deve-se em grande parte ao papel fundamental que elas sempre desempenharam no meio social onde se inserem”, lembrando “que durante a maior parte do sec. XX, elas eram o único agente cultural que as populações tinham acesso, quer nos concertos por elas praticados, quer também nas várias festividades que existiam por toda a ilha”.

Com uma vida longa a Banda Municipal de Machico também teve momentos difíceis como o ocorrido 1985 a quando dum incêndio na sua sede, que reduziu a cinzas partituras e alguns instrumentos.

Pela Banda Municipal de Machico já passaram centenas de jovens que envergaram a sua farda, construindo, ano após ano, o seu rico e vasto património musical, concedendo-lhe o lugar condignamente que merece no panorama musical de Machico e da região. Segundo o site aprenderamadeira.net, uma das pessoas que mais contribuíram para a riqueza musical da banda foi José da Costa Miranda (1908-1987), o qual evidenciou-se enquanto mestre da Banda Municipal de Machico, organista e compositor. O seu nome é muito conhecido no meio filarmónico, sendo o seu trabalho reconhecido na sua extensa composição musical, que inclui marchas graves, hinos e repertório ligeiro para banda, sem esquecer a música sacra, que apresentava durante anos na igreja de Machico onde, para além de organista, dirigia o coro.

Outro nome bastante conhecido no meio é o de António de Olim, o qual foi seu dirigente, maestro, músico e compositor, tendo tocado na banda durante 60 anos. O músico, já falecido, foi alvo de homenagem no passado dia 17 de outubro, tendo a Banda Municipal de Machico tocado a música “Ao despedir-me”, composta pelo próprio em junho de 1962, dedicada à partida da sua filha, Mirita Olim, da Ilha da Madeira para Moçambique, a qual esteve presente na homenagem tendo-a ouvido pela primeira vez.

Com uma vida longa a Banda Municipal de Machico também teve momentos difíceis como o ocorrido 1985 a quando dum incêndio na sua sede, que reduziu a cinzas partituras e alguns instrumentos. Contudo este acontecimento não fez esmorecer a banda, tendo a mesma retomado as suas atuações no ano seguinte, com o mesmo entusiasmo e empenho. Por outro lado um dos momentos mais marcantes enquanto coletividade foi a inauguração da Casa da Música, atual sede da banda, em 2008. Este edifício, que se encontra a celebrar 10 anos, acolhe a Banda Municipal de Machico, o Grupo Folclórico de Machico e o Grupo Coral de Machico. O investimento de 1 milhão e 900 mil euros realizado pelo Governo Regional da Madeira e entregue à gestão municipal, veio reconhecer a importância destas instituições enquanto polo de dinamização cultural, junto da população. Manuel Spínola, machiquense ligado desde sempre à música e à cultura, sendo o maestro da banda, foi um dos grandes impulsionadores desta grande obra.

Atualmente a banda conta com 45 músicos, entre jovens e menos jovens, os quais vão mantendo bem viva a história desta centenária instituição que muito prestigia Machico.

A todos os elementos que compõem a Banda Municipal de Machico os meus parabéns.

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