António João Gonçalves
António João Gonçalves
Depois de bem “enterrado” o ano “velho”, o desejo que se vai passando uns aos outros é de que o melhor do ano anterior, seja o pior do ano seguinte.
Foi-se 2018, chega 2019! Para trás, ficam sonhos concretizados, outros não. Com 2019 novas expectativas aparecem ou reaparecem a nível individual, profissional e comunitário. São Roque, a comunidade a que pertenço, não foge à regra deste sentimento, o de que fez-se, mas muito mais há a fazer com todos, para todos e por todos.
O ano que se passou, deixou-nos (residentes de São Roque) algumas expectativas para 2019 com anúncios (promessas) feitos à população pelos diversos poderes que superintendem a freguesia, o regional, o municipal e o local, mas deixa-nos também umas sombras que nos entristecem e que nos deviam seriamente pôr alerta para o desenrolar do ano que ainda há pouco se iniciou.
Espera-se pelos milhões (8) anunciados para uma estrada que ligará os lombos da freguesia (zonas altas), apresentada com o objectivo de colmatar duas necessidades estruturantes: o descongestionamento do trânsito da Estrada Comandante Camacho de Freitas, e o facilitar do combate aos incêndios. Ainda se prevê que esta obra por “arraste” venha a dar vida a um campo de jogos na zona alta do sítio do Galeão, um investimento à época inaugurado com pompa e circunstância e posteriormente esquecido e abandonado. Também anunciado o ano passado à população no decorrer da VI Edição do ‘Concurso de Arte Floral em Artesanato Madeirense’ na presença da senhora Secretária Regional da Inclusão e dos Assuntos Sociais Rita Andrade, espera-se por um Centro de Dia que já era para estar pronto, conforme promessas anteriormente feitas, desde 2011. Nessa altura, aparecia incluído num centro cívico então previsto para a zona do Encontro que incluiria além deste outra série de equipamentos úteis à comunidade de São Roque. Vamos lá ver se é desta que São Roque poderá “gabar-se” de ter um Centro de Dia…mesmo que só!
Espera-se ainda, que com menos dinheiro mas com grande utilidade à população residente, venha a ser correspondido os anseios dos habitantes da Vereda do Calhau, que espera o prometido alargamento da vereda há décadas, e da Vereda da Cova que aspira por uma nova acessibilidade.
Mas não há “bela sem senão”. Por um lado a par de outros comprometimentos para com a população a todos os níveis de governação e que se espera venham para bem de todos a ser concretizados, estes chamam a atenção pelos milhões que irão ser aplicados, pela necessidade premente que a freguesia tem no dispor de um Centro de Dia, e ainda pela qualidade de vida e utilidade que oferecerão a residentes.
Além da novidade de uma nova estrada de milhões que unirá as zonas altas, concretizam-se algumas promessas de há décadas e até então nunca cumpridas. Por outro lado, fica a tristeza de vermos a freguesia ficar “despida” de um serviço que nela existe sediado à décadas, desde 20 de maio de 1990, inaugurado por Cavaco Silva primeiro ministro de Portugal, o Serviço Técnico Sócioeducativo de Apoio à Deficiência Profunda. Sai de São Roque para outras instalações sem que ao povo de São Roque, nem ao poder local, se note que isso cause “impressão”. E, se na verdade o ditado que diz que não há fumo sem fogo um dia se vier a verificar no que se vai ouvindo e já se ouviu por várias vezes falar em São Roque, esperemos que a próxima perda comunitária não seja a Escola do Lombo Segundo e que se eventualmente isso um dia vier a acontecer, os fregueses e quem os representa esse “fogo” não deixem passar em claro.
Mais um ano ao nosso dispor! Que o consigamos viver da melhor forma possível individualmente e colectivamente, que tudo o que esperamos para nosso bem individual e comum se concretize. Bom ano!