Desde finais do ano passado que algumas estradas do sítio da Lombada, na Ponta do Sol, apresentam irregularidades no pavimento, o que tem motivado alguns reparos à Câmara Municipal por parte de alguns moradores.
De entre as vias mais afectadas, destaque para a Estrada Nova da Lombada, o Caminho do Jangão ou o Caminho do Pico do Anjo. Neste último, os moradores queixam-se dos buracos deixados na sequência de uma intervenção feita pela autarquia, em Dezembro último, para reparar uma ruptura na rede de água. Os buracos, alegam, põem em causa a segurança de peões, automobilistas e das próprias moradias mais próximas, havendo, inclusive, registo de acidentes no local.
Ainda no início deste mês, assegura-nos uma das moradoras afectadas por infiltrações em casa, a presidente da Câmara passou no local e foi alertada para estes problemas, embora, diz-nos, “a situação se mantenha na mesma”.
Célia reconhece problemas
A presidente da Câmara da Ponta do Sol reconhece que algumas estradas do concelho, sobretudo as mais antigas, apresentam problemas, ainda assim, salienta que “não foi a partir do dia 1 de Outubro de 2017 que apareceram os buracos nas estradas do concelho”. Das irregularidades do asfalto aos problemas com as rupturas na rede de água, têm tido origem diversas as intervenções levadas a cabo pela autarquia nas três freguesias da Ponta do Sol.
Particularmente no que toca ao Pico do Anjo, a edil falou-nos num pico de pressão que terá originado rupturas na tubagem envelhecida, o que obrigou a uma intervenção em vários pontos do arruamento. Face aos buracos que ainda lá se mantêm, a presidente da Câmara diz ter tido conhecimento dos mesmos aquando da visita que ali fez no início do mês de Fevereiro, sendo este um exemplo de acabamentos não foram executados, à semelhança de outros noutros pontos, o que levou a que nos últimos meses “a ordem tem sido para não deixar nenhuma vala por tapar”. E sempre que isso não acontecer, pede aos munícipes que a alertem a autarquia para que a falha seja corrigida.
Pese embora o arrastar de alguns casos, a presidente defende que algumas situações requerem uma intervenção mais profunda, em parte, devido à ausência de substituições faseadas ao longo do tempo. E alerta para o facto de que “o que se passa no Pico do Anjo e de uma forma geral em toda a Lombada, acontece também no Carvalhal, nos Salões, em outros pontos dos Canhas e pontualmente na Madalena do Mar”, diz-nos. Por todas estas razões defende uma gestão eficiente dos recursos financeiros da autarquia, não podendo acudir a todos os problemas em simultâneo.
Neste momento têm sido feitos levantamentos, já que os serviços camarários não possuem cadastros actualizados da rede, o que tem levado a Câmara, algumas vezes, “a abrir buracos às cegas, e a tomar decisões com base nas urgências que surgem”. Célia Pessegueiro diz não ser assim que pretende trabalhar e que a solução passará pela substituição da rede de água e reparação integral da via.