A Câmara Municipal de Santa Cruz nega existir qualquer diferendo a resolver com a Banda Paroquial de São Lourenço da Camacha, relativo ao pagamento de 1.500 euros pela maquetagem do livro ’33 anos de Tons e Sons’, publicado em Dezembro de 2006, por altura das comemorações do 33.º aniversário daquela colectividade.
Em reacção à notícia ontem publicada neste ‘Diário das Freguesias’, a autarquia refere que alegada dívida dos referidos 1.500 euros, “nunca foi contratualizada por esta autarquia, não havendo pois lugar ao seu pagamento, nem à dívida reclamada pelo senhor Luís Adelino”.
Mais, assegura que o único compromisso assumido, como já várias vezes foi explicado ao senhor Luís Adelino, “foi o da impressão dos livros, que já foi saldado, pelo que o valor reclamado não faz parte da deliberação inicial, incorrendo a câmara numa ilegalidade se tomasse a decisão de pagar um valor deliberado, mas nunca contratualizado”. Por isso, conclui que “não será o número de vezes que o senhor Luís Adelino levar esta questão às reuniões de câmara e da Assembleia Municipal que vai alterar a questão de fundo: não existe, nem nunca existiu por parte da Câmara de Santa Cruz qualquer compromisso para pagar os trabalhos e o valor em causa”
A autarquia admite que a dívida reclamada “vem de um tempo em que se faziam acordos verbais e por telefone, sem cumprir a lei e sem qualquer tipo de contratualização”, tempos que classifica “de má memória” mas que “não fazem escola na actual gestão da Câmara Municipal de Santa Cruz”, logo, “não será o senhor Luís Adelino a mudar a prática de rigor e transparência que hoje está implementada”.
A Câmara de santa Cruz refere ainda que se Luís Adelino estivesse mesmo interessado em saldar a dívida que a associação que lidera contraiu, “poderia tê-lo feito com os valores que tem recebido do Município de Santa Cruz e que perfazem um total de 35. 115, 00 euros, entre os anos de 2009 e 2017”. Nesse contexto, a edilidade admite escapar-lhe “as verdadeiras razões desta cruzada do senhor Luís Adelino, uma vez que as mesmas não têm sustentação em nenhum contrato que tenha existido ou que exista na autarquia de Santa Cruz”.