O Caniço de Baixo corre o risco de ficar sem a única caixa multibanco que por ali existe. Tudo porque a Caixa Geral de Depósitos resolveu desactivar a unidade que estava instalada no interior de uma superfície comercial daquela zona, situada na Rua D. Francisco Santana.
António Pereira, o empresário que, há pouco mais de 5 anos, desenvolveu todos os esforços para que uma instituição bancária ali colocasse uma caixa automática, disponibilizando um espaço para o efeito, foi informado de que, face à diminuição de transacções, a mesma poderá vir a ser desactivada em breve. E tal só ainda não aconteceu porque muitas têm sido as diligências levadas a cabo para evitar o pior desfecho.
Esta situação, que, de resto, já é do conhecimento da população, tem causado muito descontentamento, uma vez que o outro multibanco que existia junto ao Galo Mar também foi desactivado há vários anos, não havendo alternativa, não só para residentes, mas também para os muito turistas que ocupam as unidades hoteleiras daquela zona.
E se agora são muito poucos os visitantes, os comerciantes das redondezas esperam que, em breve, a situação desencadeada pela pandemia Covid-19 venha a ser revertida, e o Caniço de Baixo volte a ser uma zona de grande movimento turístico por excelência. Todas estas circunstâncias, levam os comerciantes a temer o pior, uma vez que a falta de uma caixa automática para levantamento de dinheiro poder hipotecar muitos dos negócios que ali existem. “Ninguém vai pagar um café ou uma bebida com multibanco”, alega um dos empresários.
Quem também não vê com bons olhos a desactivação deste multibanco é Milton Teixeira, presidente da Junta de Freguesia do Caniço. O autarca eleito pelo JPP considera “lamentável que o banco que pertence aos Estado Português tenha mais uma falta de respeito pelo Caniço e as suas gentes”. Junta a esta crítica o facto de “ainda nem há três anos terem fechado o balcão da cidade do Caniço obrigando os clientes da CGD a se deslocarem a Santa Cruz, ao Funchal ou a Machico para resolver os seus assuntos bancários”.
O DIÁRIO sabe que estão a ser feitos vários esforços por diferentes entidades públicas junto da Direcção da Caixa Geral de Depósitos a nível nacional para que a situação seja revertida e o multibanco continue em funcionamento.