Carnaval no Caniço

Mariusky Spínola

Aliado à necessidade de preservação do património cultural imaterial, e valorizando o passado e memória coletiva da população, festejar a época de Carnaval assume-se como uma forma de manifestação cultural da sociedade, sendo que neste caso, se destaca ainda a criatividade e a produção de artefactos e objetos culturais que traduzem, muitas vezes, particularidades e especificidades de cada região.

Na Madeira, incluindo no nosso Caniço, as Festas de Carnaval procuram manter intactas as suas raízes marcadamente populares, destacando-se o Cortejo Alegórico de sábado à noite, e o nosso tão tradicional cortejo “Trapalhão” que se tem repercutido por vários pontos da ilha.

De acordo com vários historiadores, a origem do Carnaval madeirense remonta ao período da produção de açúcar, no século XVI. A Madeira, assumindo-se como porto de passagem de bens e pessoas aquando da expansão do comércio internacional açucareiro no Atlântico, importou tradições e expressões lúdicas das festividades carnavalescas do Brasil, que com o passar do tempo se vieram a tornar uma das principais manifestações culturais na nossa ilha.

Este ano, e dando seguimento ao que tem sido feito nas últimas décadas, o Caniço festeja também o Carnaval.

No dia 5 de março, e contando já com 13 trupes inscritas e cerca de 1100 participantes, número superior ao do ano passado, o nosso cortejo tem-se assumido como um dos mais emblemáticos e descentralizados momentos de folia na região.

No dia 5 de março, e contando já com 13 trupes inscritas e cerca de 1100 participantes, número superior ao do ano passado, o nosso cortejo tem-se assumido como um dos mais emblemáticos e descentralizados momentos de folia na região.

Neste sentido, a autarquia promove a festa, garantindo cerca de 400 lugares de estacionamento para todos quantos nos queiram visitar e assistir ao cortejo que culminará com uma apresentação em palco por parte de cada trupe, havendo ainda lugar ao “cortejo trapalhão” onde serão distribuídos prémios aos 3 melhores “trapalhões”, incentivando assim a participação ativa da população e preservando uma tradição tão madeirense.

Claro está que não é carnaval na Madeira sem as tradicionais malassadas e sonhos regados com mel de cana, e assim sendo, é-nos dada a possibilidade da sua degustação em algumas barraquinhas de comes-e-bebes que estarão dispersas nas proximidades no Largo Pe. Lomelino.

E como “a vida são dois dias e o Carnaval são três”, e não sendo em vão que a terça-feira de carnaval é chamada de “terça-feira gorda”, a festa continuará com a participação do DJ Paulo P. que promete momentos de folia e diversão onde todos poderão participar. Vista-se a rigor e junte-se à nossa festa!