André Teixeira
André Teixeira
O nome Camacha é, regularmente, associado à Freguesia “lá d’ cima”. No entanto, esta é uma terra com uma riqueza digna de registo. Camacha é sinónimo de Cultura.
Começa nos caraterísticos vimes, cuja arte é mantida ao vivo, pelo Café Relógio, com os artesãos que manobram os vimes há anos. É sinonimo de folclore, com vários grupos que mantêm vivos os costumes deixados pela “Loira da Camacha”. É sinónimo de música, com tantos e tantos grupos e coletividades, nascidos e criados. Basta puxar pelo assunto “música”, e precisamos de um par de mãos extra para contar os diversos músicos que encontramos na nossa terra. É sinónimo de tradição, mas é muito sinal de hospitalidade. É este o valor apontado às gentes desta terra, que recebe como ninguém quem nos visita. Esta hospitalidade sente-se em cada recanto, e é transmitida e reconhecida sempre que alguém de fora nos visita. É a terra que forma pessoas, e que é o berço de tantos que um dia partem, levando sempre no coração este cantinho.
A Camacha é desporto, pois aqui se jogou futebol em Portugal pela primeira vez, com um monumento no centro da Freguesia que simboliza exatamente este acontecimento.
São muitos os grupos, associações, instituições, organizações, que, diariamente, desenvolvem e completam a vida de tantos camacheiros. Que levam o nome desta Freguesia “por aí a baixo”. Conhecer a Camacha é saber que a poncha do Salomão é de outro mundo. É comer um picado com pão de casa no Regedor, é visitar o Mercadinho e deliciar-se com os produtos frescos todos os dias. É assistir a um concerto da Orquestra de Bandolins e deliciar-se com o vibrar das cordas que enchem a alma. É ter futebol, andebol, badminton, taekwondo, atletismo e tantas outras equipas com o brasão da Freguesia todas as semanas ao longo do ano. É subir até ao Bar da Igreja do Rochão e saborear uma canja que nos deixa com o estômago aconchegado.
A Camacha é mais que a terra que fica no alto das montanhas. É dinamizada diariamente e trabalhada diariamente, por todos quantos a fazem questão de engrandecer.
Neste espaço que a mim é cedido, tentarei transmitir aquilo que nesta pequena grande terra é vivido, e que me faz dizer de boca cheia que, “não trocava isto por nada!”