A situação política que condiciona o presente da Madeira foi um dos assuntos em destaque na intervenção de Pedro Ramos, nas celebrações do dia da freguesia de Machico.
O secretário regional de Saúde e Protecção Civil, que marcou presença em representação do presidente do Governo, fez questão de chamar “todos” à responsabilidade no que toca ao futuro da Madeira, elencando as várias medidas, que no seu entender, estão suspensas ou não serão implementadas devido ao impasse na aprovação do Programa de Governo e do Orçamento e ao regime de duodécimos a que a Região está sujeita neste momento. “Sem orçamento não há investimento” e, no caso da saúde, “será dramático”, disse o governante, veiculando aquelas que têm sido as premissas defendidas pelo Executivo de Miguel Albuquerque.
“Todos nós temos de ser mais responsáveis e temos de pensar na Madeira em primeiro lugar”, disse o governante, falando do tempo “diferente” que se vive na Região e que, no seu entender, determina que “quem gosta da madeira decide em favor da Madeira e do seu povo”, sendo necessário “que todos participem numa solução política, pois foi isso que as Eleições determinaram”
E se o discurso foi fértil em críticas sem destinatário específico, também foi bastante rico em elogios aos serviços de saúde regionais a toda a sua governação. Pedro Ramos disse mesmo que o Sistema Regional de Saúde está “acima de todos” os outros sistemas de saúde, graças, sobretudo, à modernização e ao desenvolvimento dos últimos 10 anos.
O secretário da Saúde recusou tratamento diferenciado da parte do Governo Regional, mesmo quando em causa estão os concelhos com diferente cor política do Executivo, como é o caso de Machico. No seguimento dessa argumentação, Pedro Ramos apontou os cerca de seis milhões de euros investidos, por ano, em saúde no concelho de Machico, com mais de 200 mil actos de saúde em igual período. Tudo isso foi sustentado com os vários programas em curso, como os 234 mil euros em reembolsos ou os 543 kits bebé, no valor de 267 mil euros.
Mas o secretário não se ficou pela Saúde, referindo vários, por exemplo, a reabilitação do cais de Machico, a reparação nos estabelecimentos de ensino, a reabilitação da Igreja de Machico, a aposta na rede de água e esgotos, a rede viária, entre outros. As obras futuras também foram contempladas, com promessa de um novo pavilhão.