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Can you take me to Cristo-Rei?

7 Novembro, 2018 às 12:00

Rosélia Quintal

Este é um dos  pedidos de muitos turistas  que chegam à Madeira, nos  cruzeiros.

A estátua do Cristo-Rei ,  elevada no promontório, avista os navios, abraça o mar e  envia o olhar para o céu. Clama pela presença do estrangeiro, do madeirense, do transeunte. O seu espaço é misterioso, a paisagem  deslumbrante e a sua  história fascinante.

O povo  devoto faz peregrinações ao Cristo-Rei,   reza por intenções pessoais e alheias e, ao mesmo tempo , dá o  passeio  de amor ao próximo,  ao seu Deus e ao corpo, porque as caminhadas  da alma também ajudam  o físico.

Já muito se escreveu sobre o Cristo-Rei, a sua força e  imponência  Atrevo-me a chamá-lo o   ex-libris do Caniço.  Desde sempre que “a estátua”  é  uma marca da cidade canicense. Ali se cumpriam outrora, promessas, de joelhos, nas pedrinhas de calhau que circundavam o santo, rezando    o terço e agradecendo as bondades divinas.

Antigamente, o Cristo  vivia quase solitário!  A vereda  que lhe dava acesso, no meio dos abismos,  era um tanto desmotivadora. Mas,  já nesse tempo, alguns  namorados atrevidos deixavam uns corações de amor nas folhas  verdes dos catos.  Depois, enfeitaram-se os jardins, arranjou-se o caminho até ao  Cristo, iluminou-se-o  (as lâmpadas  dos candeeiros, de vez em quando , estão queimadas, mas  acho que o Cristo-Rei não se incomoda… já os transeuntes  reclamam e anseiam pela luz, não vá o diabo tecê-las e não enxergarem o abismo, quando caminharem   por ali à noite!);   tornou-se um lugar de culto e passeio, onde a  força anímica  está rodeada de  uma vista espetacular.

Fazer um passeio ao Cristo-rei é revitalizante e é isso que se sente, sobretudo nos turistas  e forasteiros que  por ali passam.  As antigas piscinas  do hotel, que jazem ao lado, dominadas pela natureza selvagem, bem como o  campo de ténis , mereciam ser recuperadas e há intenções de o fazer, segundo foi público.

Rezam os documentos que a autoria do monumento de    14 metros de altura é do escultor Georges Serraz , a mando do conselheiro Aires de Ornelas, num terreno  do seu morgadio, na ponta do Garajau.  A consulta à bibliografia dará, provavelmente, o cunho histórico, mas   há uma narrativa, contada pelo o meu avô paterno ( o qual já tinha ouvido a seu pai e  este a  outros antepassados) que  dava conta  do  projeto de deitar o santo ao chão. Segundo  ele, a estátua fora erguida, em tempos idos,  na sequência da promessa de uma senhora nobre,  cujo marido estivera em perigo, talvez na guerra. Prometera que, se ele voltasse  vivo e são, ergueria  nesta sua propriedade um monumento ao Cristo-Rei. Em voltando o seu amado, cumpriu-se  o prometido e ordenou que se edificasse o Cristo.  Depois, quando vieram os estrangeiros para o Caniço, o  lugar foi vendido e os novos proprietários quiseram  derrubar a estátua. Chamaram o “catrapilheiro” para o trabalho.  Quando o homem chegou à ponta do Garajau  e viu que a tarefa era deitar abaixo o Cristo, petrificou, recusando-se a  fazê-lo.  Meu avô repetia as palavras desse operário, crente e temente a Deus, parado diante da estátua, incrédulo: “Perco o meu trabalho, mas no Cristo não toco”. E foi embora.   O toque do dramatismo encerra a religiosidade e o respeito que os caniceiros têm pelo Cristo-Rei. Verdade ou lenda, fica  registada na história a força do Cristo e a magia que este exercia e exerce  sobre os tementes a Deus.

Fazer um passeio ao Cristo-rei é revitalizante e é isso que se sente, sobretudo nos turistas  e forasteiros que  por ali passam.  As antigas piscinas  do hotel, que jazem ao lado, dominadas pela natureza selvagem, bem como o  campo de ténis , mereciam ser recuperadas e há intenções de o fazer, segundo foi público. Todo aquele espaço envolvente já foi um lugar onde só iam turistas, gente rica e alguns estudantes atrevidos da cidade, que  vinham ao Caniço, como quem ia a uma estância balnear  numa qualquer praia do mundo. Propostas para a sua recuperação? Talvez fundos europeus, talvez parcerias público-privadas, os entendidos na matéria saberão, com certeza. O que é  preciso é manter o que nos traz bem-estar e qualidade de vida, porque o Caniço é a freguesia e cidade  que mais traz receitas  ao município de Santa Cruz.

Can you take to Can you take me to Cristo-Rei?

Sim, com muito gosto!

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