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‘Diário das Freguesias’ já está on line
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Devagar se vai ao longe

6 Fevereiro, 2018 às 15:04
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Sandra Sousa

Movida pelo amor, vim viver para a freguesia da Fajã da Ovelha, sem consciência das belezas que por aqui se escondiam e dos recantos que tinha para oferecer.

Arrisco-me a dizer que é uma freguesia apaixonante para os turistas que nos escolhem, como também, para amantes do desporto ao ar livre, visto que a Fajã da Ovelha, brinda-nos com a mais bela natureza.

É aqui, que muitos nos visitam à procura de adrenalina, desfrutando dos inúmeros trilhos da prática de desportos como o BTT, o Downhill e Motocross. E outros encantam-se, explorando as inúmeras levadas e percursos existentes, nos quais deliciam-se com paisagens de cortar a respiração.

Com uma designação peculiar diz-se que o nome “Fajã da Ovelha” possivelmente deriva do assentamento de terras anteriormente desmoronadas e que funestamente colheram uma ovelha. Este acontecimento acabou por ficar na memória de quem lá vivia, tendo-se fundido e enraizado por toda a localidade. Criada em meados do século XVI, está é uma freguesia muito característica nas suas especificidades e no que nela podemos encontrar.

O medo tem que ser dissipado dando lugar a paixão pela terra, pelos seus costumes, pelo que ela tem para dar a quem aqui vive e a quem nos visita.

Se por um lado o visitante que chega aos sítios da Maloeira e Raposeira, se depara com pequenas planícies e clima levemente frio, por outro lado, à medida que desce até São Lourenço e São João irá deparar-se com declives acentuados e temperaturas convidativas.

É com frequência que se vislumbram caras novas por toda a freguesia, turistas carregados do seu mundo numa mochila pesada, de pés cobertos por botas de montanha, sujas pela lama da nossa linda terra, e olhares afáveis repletos de curiosidades.

Mas não são apenas os que nos visitam que aos poucos se deixam enfeitiçar por uma terra cheia de história. Eu sou uma delas e é com orgulho que digo que foi aqui, na minha freguesia que já pude visualizar o mais belo pôr-do-sol depois de uma caminhada relaxante. É nestes lindos percursos que se descobre o modo de viver de gentes que já partiram e de gentes que ainda por cá andam.

É no rosto de cada um deles que se vê a história da freguesia, é nas terras cultivadas que se pode apreciar o trabalho colocado em cada rego tirado, em cada plantação, em todo o amor dedicado àquilo que têm como seu.

Os fontanários, as estradas em calçada madeirense, as veredas que escondidas acabam por revelar, aos mais incautos, belezas perdidas. Dou o exemplo da Fajã Pereira, um lugar de beleza impressionante. É impossível não se perder na imensidão do mar desde a Igreja de São João Baptista e imaginar cada história e cada conversa que ali teve lugar.

Os lavadouros, há pouco tempo recuperados mostram o que um dia aquela terra foi e o quão importante é salvaguardar o seu passado. Se subirmos um pouco é na Fonte do Bispo que encontraremos o sítio ideal para realizar um convívio familiar e aí poder visualizar o maravilhoso verde sem fim.

Os que ali residem ficam admirados por verem, aos poucos, jovens escolherem a Fajã da Ovelha como destino de residência, já que tal como muitos outros locais, esta freguesia não fugiu ao destino cruel da emigração. Os novos foram embora e os velhos aqui ficaram. Aos poucos estão a voltar, devagarinho. Mas como diz o ditado antigo, devagar se vai ao longe. A via-expresso agora arrancou e com ela as gentes da terra têm esperança de um amanhã melhor. Um amanhã que lhes traga cada vez mais movimento e quem sabe o investimento que tanta falta lhes faz e com isso ser possível aos que partiram, poderem regressar ao cantinho no qual cresceram e levaram no coração.

Nem tudo são rosas, muito ainda tem que ser feito para dar continuidade ao objetivo de elevar e tornar a Fajã da Ovelha um destino de eleição. É necessário mais investimento, apostando naquilo que a freguesia tem para oferecer. É por isso que falo com carinho desta terra, porque acredito que existem nela muitas potencialidades a serem exploradas. O medo tem que ser dissipado dando lugar a paixão pela terra, pelos seus costumes, pelo que ela tem para dar a quem aqui vive e a quem nos visita. E…se estiver com frio quando cá vier, beba uma poncha, que além de lhe aquecer o corpo, garanto-lhe, irá aquecer-lhe o coração e a alma!

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