A freguesia da Ribeira Brava está a crescer. Isso parece ponto assente nas várias conversas entre os moradores, mas esse crescimento também traz dissabores. Numa vila onde há de tudo, em termos de serviços públicos e oferta privada, contam-se mais carros, mais prédios, mais gente, mas também mais confusão, mais filas e menos espaço para ‘respirar’.
Com as autárquicas à porta, e com vários candidatos a se perfilarem para gerir os destinos do município, alguns moradores, ouvidos pelo DIÁRIO, pedem atenção a problemas que, segundo dizem, já são de todos os dias.
Na segunda-feira, pelo que a nossa reportagem pôde constatar, a semana arrancou com o ritmo habitual. Movimento na marginal, mas também há portas fechadas. Alguns espaços de bar/restauração aproveitam este dia para descanso do pessoal.
Feliciano Pinto, que durante décadas esteve ligado à área da restauração, lembrando que, na sua altura, só havia uns três ou quatro comércios aqui [centro da vila]. Agora há 15 ou 20”. Deixa reparos ao que foi feito – ou ainda não foi – na frente-mar da Ribeira Brava.
Mais acima, junto ao campo de futebol, o cenário é o esperado: filas no túnel e lugares de estacionamento difíceis de encontrar. Além do trânsito, António aponta o encarecimento da habitação como um dos maiores problemas.
Na zona da Cruz e Caldeira, fomos encontrar Alcinda Faria. Reformada do bordado, esta freguesa confessa-se pouco dada a política, mas diz que nunca falhou uma eleição: “Eu vou votar, sabe que é o dever do cidadão. Cada um vota pelo que quer.”
Fugindo ao centro, nas zonas altas da vila ribeira-bravense os problemas com os preços também se fazem sentir, mas há outros… Catarina Mendonça atenta aos transportes públicos e aos cuidados aos idosos.
À porta das eleições autárquicas, os recados ficam, ainda que nem todos queiram ser nomeados pela nossa reportagem: que se repense a zona central da vila, que se criem áreas verdes e espaços de lazer, que se melhore a mobilidade e os transportes, e que as obras prometidas – sobretudo para a frente-mar – deixem finalmente de estar no papel.