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O estatuto social

5 Outubro, 2018 às 7:51
manuel vieira de sousa

Manuel Vieira

Há dias, em amena cavaqueira com um amigo, sentados no muro da Beira das Cales, no Arco da Calheta, a conversa virou-se para o estatuto social dos tempos mais antanhos. E recordámos esse estatuto vigente há cinquenta anos.

E recordámos esse estatuto vigente há cinquenta anos. Com certeza que a inexperiência da vida própria de crianças ou mesmo adolescentes, que éramos à época, contribuiu para construir os contornos dessa realidade no nosso subconsciente. Quiçá, duma forma menos correcta, mas foi a forma como víamos a realidade que registámos na “tábua rasa” dos diversos patamares da nossa consciência. A verdade é que, numa retrospectiva distanciada e experienciada, nessa conversa concluímos que a nossa visão não andava longe da realidade, quando muito, com algumas raras excepções.

A começar pelo simples facto de que havia umas “meninas” e uns “meninos”, já entradotes na idade e de bengala que nunca deixavam de ser meninos ou meninas. Enquanto a grande maioria dos concidadãos nunca tinha sido menina nem menino… Fizeram-se mulheres e homens, antes de serem meninas e meninos.

De facto, a vida dessa época era muito difícil. Na grande maioria das famílias, era levantar cedo para tirar o leite à(s) vaca(s) para levar à desnatadeira e, depois, ir para a fazenda, cultivar os terrenos e tratar do gado, complemento essencial para o orçamento familiar. E regressar, já com o sol posto. Uma pequena parcela dos homens (sim, que havia muitas profissões a que as mulheres não tinham acesso) dedicava-se a outras profissões, como eram os pedreiros, ferreiros, carpinteiros, merceeiros e outros comerciantes, complementadas, quase sempre, com uma agricultura de subsistência.

Os grandes detentores das terras, dalgumas pouquíssimas indústrias cabiam aqui. E os filhos dos “senhores” ganharam o direito ao tratamento de “meninos” e “meninas” para toda a vida.

Então, a base desta pirâmide era constituída pela grande maioria do povo, pelos agricultores. O patamar acima compartilhavam estavam os “mestres” (pedreiros, carpinteiros, etc) e comerciantes. Enfim, aqueles que detinham ou aparentavam uma melhor situação económica e financeira. E cuja actividade profissional era mais limpa, ao contrário do que sucedia com quem andava constantemente a mexer na terra, onde era impossível terminar o dia sem as manchas próprias da terra, nódoas dos vegetais, frutas e estrumes.

No escalão acima, encontravam-se os que, vindos do patamar inferior, tinham progredido na vida. Aqueles que detinham condições económicas e patrimoniais superiores à média da sua classe. E aqui cabiam alguns profissionais liberais que evoluíram de “mestres” para “senhores”. Explanando com mais pormenor, os mestres foram agricultores que já tinham evoluído destacando-se da classe mais baixa. Por mérito próprio, foram capazes de abandonar a agricultura e dedicar-se a uma arte, fosse de pedreiro, carpinteiro, ferreiro ou outra, criando uma estrutura empresarial que lhes granjeou o reconhecimento dos seus conterrâneos. Assim, o mestre de outrora, passou a merecer o tratamento de senhor, uma forma de reconhecer o mérito e prestígio profissional que os seus pares reconheciam pelo seu trabalho. Obviamente que esta evolução se reflectia na economia familiar, com reflexos no “modus vivendi” da sua família e, por isso mesmo, o tratamento diferenciado.

No topo desta pirâmide estavam os “grandes senhores”. Os grandes detentores das terras, dalgumas pouquíssimas indústrias cabiam aqui. E os filhos dos “senhores” ganharam o direito ao tratamento de “meninos” e “meninas” para toda a vida.

Enfim, o Manel agricultor, poderia passar a mestre Manuel e um dia vir a ser o sr. Manuel. Sempre por mérito próprio, com muito trabalho ou, excepcionalmente, um rico casamento…

É que também, embora muito poucas, houve alguma novela…

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