Os deputados da JPP eleitos para a Assembleia Municipal de Santa Cruz apresentaram na tarde de hoje, na habitual reunião de Assembleia, um voto de protestam onde acusam a ACAPORAMA de “tratamento discriminatório e antidemocrático”, aquando da tomada de posse daquela associação, que, lembramos, decorreu na passada quarta-feira, precisamente na Casa da Cultura de Santa Cruz.
Os signatários e proponentes do votos de protestam referem que a autarquia santacruzense cedeu o referido espaço “de uma cultura democrática de cooperação entre instituições e por reconhecer o trabalho desenvolvido pelas Casas do Povo”.
Naquilo a que chamam de factos, os deputados da JPP afirmam que a “Câmara Municipal de Santa Cruz cedeu as instalações da sua Casa da Cultura fazendo fé que uma nova direcção da ACAPORAMA trouxesse às Casas do Povo a desejada isenção que deve presidir à acção daqueles organismos”, já que, segundo eles, as Casas do Povo são “braços armados do poder regional do PSD”.
Por essas razões, lamentam que se tenham confirmado, nessa sessão solene, qualquer esperança que pudessem ter numa “possível viragem na actuação daqueles organismos, que continuam manietados e controlados pelo poder regional do PSD, nomeadamente em período de pré-campanha eleitoral”, lê-se no documento enviado aos meios de comunicação social.
Protestam, por isso, pelo facto de “a Câmara Municipal de Santa Cruz, como anfitriã do evento, tenha sido excluída da mesa de honra e a sua representante silenciada”, não tendo sido cumprido o protocolo, que, segundo referem, “dá precedência à autarquia em eventos que decorram no seu território”, o que não se verificou.
A tudo isto, juntam o protesto pelas, segundos eles, “declarações infelizes da senhora Secretária dos Assuntos Sociais, ao afirmar que as Casas do Povo são as legítimas representantes do povo”. Ora, perante isso, os eleitos pela JPP dizem que essa afirmação “está em linha com o desrespeito institucional e democrático que o PSD e o seu Governo Regional têm pelas instituições e pessoas democraticamente eleitas, elas, sim, legítimas representantes do Povo”.