Muito? Pouco? Esta é a realidade das Juntas, das 10 Juntas de Freguesias do município do Funchal que vão contar em 2022 com verbas superiores a 3,2 milhões de euros, fruto da dimensão territorial e populacional que pode sofrer um ligeiro incremento se entretanto se confirmar o acréscimo previsto no Orçamento de Estado de 2 para 2,5% das transferências de fundos no entanto inviabilizadas com o ‘chumbo’ na Assembleia da República.
Para já o que se sabe é que os orçamentos serão praticamente semelhantes a 2021 e os autarcas ‘rapam’ o que ficou no fundo da gaveta.
E se poderia haver a expectativa de que grande parte deste dinheiro fosse para investimento, é preciso retirar 50% dessa esperança porque será a mesma proporção que terão disponível. Estas juntas registam na sua maioria uma pesada fatia de encargos, com especial destaque para as despesas fixas entre as quais ressalta os vencimentos com funcionários.
Depois há sempre entre a dezena as mais endinheiradas e as que pouca margem têm. Neste particular São Martinho faz inveja à Sé, mas não tem os problemas que o estreante Marco Gonçalves terá pela frente.
Um dado comum é que todas dizem apostar no combate à precariedade social. Todas sem excepção. E o apoio alimentar às famílias é denominador comum. Depois surge a criatividade. São Martinho vai lançar dois orçamentos participativos; Imaculado lançará a Universidade Sénior ou o Kit-bebé; São Roque o roteiro da freguesia; Monte assinalará o centenário de Carlos de Áustria e São Gonçalo promete acabar com a duplicação de apoios sociais.
O DIÁRIO tentou obter valores e informação da autarquia de Santa Maria Maior, mas Guido Gomes (PS) disse ser prematuro adiantar valores por ainda não ter fechado o documento.
Ao longo do dia iremos dar os orçamentos de cada Junta.