Sandra Araújo
Tempos de (Re)descoberta e História: cada um de nós em cada outro
23 Julho, 2020
As linhas contam-nos uma história… uma história de amores e desamores… de lutas e conquistas… de lágrimas e risos…
Poderia falar das linhas de corte e costura, mas essas deixarei para os profissionais… também, poderia falar das linhas que cruzam os céus, e que tantas histórias nos contam, mas ficam reservadas para os sonhadores e fazedores de sonhos…
As linhas que nos contam as mais belas histórias, são nossas, e fazem parte de nós e da nossa viagem nesta fantástica aventura denominada VIDA!
Marcas de uma lágrima que teimou em descer no nosso rosto, mas também marcas de risadas contagiantes que nos aqueceram a alma.
Em algum momento paramos e como por magia hei-lhas chegadas sem aviso, sem pedir licença para se instalarem e pronto… lá vamos nós em corridinho à procura de um milagre para as “esconder”… eu também desatei numa correria desenfreada como as crianças numa descida a “pique”, e claro que o resultado são joelhos esfolados e choro incontrolável… os joelhos lá escaparam mas o choro fez concorrência às buzinas dos barcos na passagem de ano… mas não andei sozinha nesta saga… muitas outras também ajudaram nesta zoada.
Ali ficou uma vontade imensa de querer saber todas as histórias …
Há anos dei por mim perdida numa história de vida, num rosto repleto de linhas inacabadas. Nunca a tinha visto mas senti aquela vontade de querer descobrir cada história escondida. Ali ficou uma vontade imensa de querer saber todas as histórias … e se para uns é um aborrecimento as ouvir vezes sem conta, para mim sempre foi um momento de deixar a imaginação viajar sem barreiras… escolher cores… criar lugares… desenhar rostos… Sonhar!
E sabe tão bem quando ouço “ Já te contei quando andava para casar….” ou “ No meu tempo de tropa…” e logo a seguir um aquecimento das cordas vocais com todas as palavras, umas a seguir às outras, repletas de sonhos a nascer, ainda a noite nem pensava em aparecer.
Deixarei aqui um conselho a todos vós… quando encontrarem estas linhas do tempo, apreciem cada uma delas… não as apelidem de “ velhas” ou “ velhos”… afinal são carimbos de experiência… são contadoras de histórias.
