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Maio, que nos contas?!

16 Maio, 2018 às 8:27
sandra araújo

Sandra Araújo

Toc… toc…toc…

…e o Sol ía acordando lentamente ao ouvir este som que de ora em vez, alternava com o cantar dos galos.

Nem sempre o Sol conseguia ver o que se passava lá em baixo, mas naquele dia, o Senhor Nevoeiro foi descansar, então o Sol decidiu, de mansinho, espreitar.

Ainda estava ensonado, mas todos pareciam já bem despertos… então não era ele que devia ser o primeiro a acordar?!

Toc… toc… toc…

Ouvia-se novamente, quase casa sim, casa sim senhor!

O sol decidiu dar uma pequena espreitadela…

O martelo batia quase ao som de um compasso de dança, era um bater ao de leve, num pequeno prego que acabara de prender o “fundo” à sua “forma”.

O “fundo” era engraçado, pensou o Sol para si, só porque conseguia passar pelos buraquinhos que estavam à sua volta.

Uma mão enfiava a ponta do vime de um lado do buraquinho, enquanto a outra puxava-o quase até ao fim…

O Sol estava a achar aquilo fantástico, não era sempre que conseguia ver a aldeia e quando a via, andava sempre com a cabeça na lua, para nunca ter reparado naquilo!

Liaça ou miolo, as mãos lá iam entrelaçando com os vimes, prendendo-os como num abraço apertado de quem não vê alguém há algum tempo… aquele cestinho ia ganhando forma.

Que lindo era as tradições naquele planalto, que o Nevoeiro teimava em esconder… foi quando o Sol viu uma menininha de tranças loiras a correr para a sua mãe com uma singela flor na mão.

Os vimes e a liaça bem cozidos e descascados, e com aquelas mãos habilidosas, transformaram-se num belo cesto.

Os galos lá iam pausando o seu cantar mas ao seu redor o trabalho ainda mal tinha começado.

Enquanto as mulheres e crianças iam fazendo arte com as mãos, os Homens iam aos poios puxar a terra para os regos, não fosse a rama das cemilhas ficar sem apoio.

O Sol andava maravilhado com toda esta vida, não havia aquele tempinho de pausa em que nada se passasse… era uma roda-viva!

Enquanto andou a vaguear pelo céu, aqueceu aquele planalto que da terra e mãos calejadas, ia fazendo história.

Quando a lua avistou-se ao longe o Sol já ía em passo acelerado para o descanso… mas ansioso para ver as novidades no dia seguinte.

Passaram dias e o Sol bem que queria ver o que se passava lá em baixo, mas o senhor Nevoeiro lá explicou-lhe que aquela aldeia era encantada, por isso, só de vez em quando, seria permitido ao Sol apreciar a sua beleza.

Naquele domingo, o Sol nem queria acreditar… tudo verdinho! Tudo fresquinho!

As casas estavam repletas de flores e quando entrou pelas janelas viu cestinhos de vime cheios de pétalas… as mesas com um pouco de cada coisa que a terra oferecia e as crianças todas aprumadas e bem vestidinhas… era dia da visita do Divino Espirito Santo e as casas estavam frescas para a sua bênção.

Que lindo era as tradições naquele planalto, que o Nevoeiro teimava em esconder… foi quando o Sol viu uma menininha de tranças loiras a correr para a sua mãe com uma singela flor na mão.

– Feliz Dia da Mãe!

O Sol sentiu-se ainda mais forte!

Naquele domingo o Sol encheu aquele planalto de calor e viu nos diferentes rostos tanto, tanto amor!

Que maio seja bem-vindo com as comemorações do Dia do Trabalhador e Feliz Dia a todas as mães que como a minha, fazem parte desta história linda do Santo António da Serra.

Obrigada!

(Nota: Sendo a “terra” dos cestos de vime a maravilhosa Camacha, no santo António da Serra havia muitas pessoas que se dedicavam a esta arte manual.)

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