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Marcas da freguesia (continuação)

19 Novembro, 2019 às 15:25
andreia

António João Gonçalves

Recomeço a caminhada para chegar ao ponto onde tinha ficado a observar algumas marcas da freguesia. O ponto de encontro dos caminhos que ligam o Soito, a Esperança e o Galeão. É um recomeço que me leva a observar “coisas” já vistas mas que despertam sempre a atenção de quem vai percorrendo os cantos da freguesia.

Logo á entrada do caminho que vai da Alegria à Esperança, porque os incêndios infelizmente devastaram as nossas serras, consigo avistar o campo de jogos que existe nas zonas altas do Galeão. Está lá, continua lá “à sua sorte” parecendo não ter dono, à espera que alguém lhe dê vida. Vejo ainda parte do Sitio da Bugiaria. O que eram outrora becos estreitos e ruas de pedra e terra transformaram-se em acessos dignos a quem habita nesses lugares. Entre a serra e os poios de parte do sítio, um “risco” branco chama á atenção. Trata-se de uma levada vista ao longe modernamente recuperada que atravessa a serra e percorre veredas. O investimento de milhões de euros vindos da Europa para reparação deste património (as levadas), fizeram que estas perdessem a sua característica original, o empedramento, para ganharem uma nova e mais moderna característica, o revestimento a cimento. A freguesia hoje está cheia destas.

Vou entrando e reparo que o caminho que serviu de passagem a romeiros em Setembro para chegarem à festa que houve no Montado da Esperança, ainda se encontra em boas condições, apesar de as protecções (varandas) de madeira existentes na berma deste muitas já estarem estragadas. Vou entrando e já bem perto da Esperança, dou-me com a beleza criada por muitas açucenas e que enfeitam tão bem os poios do local. Chego e onde decorreu o arraial de Nossa Senhora da Alegria, deparo-me com todas as estruturas (barracas) ainda montadas, um bonito jardim de ervas aromáticas (uma pequena mostra das mais variadas ervas aromáticas existentes na ilha) também à “sua” conta, tudo á espera que um ano passe depressa para que se volte a dar alguma importância ao que ali existe feito. De repente, vem-me à memória uma conversa que ouvi em tempos quando participei numa actividade de reflorestação na área circundante à zona da Esperança. Alguém com poderes públicos na freguesia dizia que este local bem trabalhado, tinha potencial para se tornar numa zona expositiva de toda a Laurissilva madeirense. Na verdade do meu ponto de vista tem sim, e acho que pode bem ir além desse desiderato como já em tempos também referenciei. Eu pessoalmente até acho que tem potencial para ser do ponto de vista turístico e não só, num novo “Monte” na cidade Funchal deixando de ser um local onde se investe meios e dinheiros públicos todos os anos para ser só lembrado e valorizado anualmente.

Alguém com poderes públicos na freguesia dizia que este local bem trabalhado, tinha potencial para se tornar numa zona expositiva de toda a Laurissilva madeirense. Na verdade do meu ponto de vista tem sim, e acho que pode bem ir além desse desiderato como já em tempos também referenciei.

Continuo a andar, chego ao ponto onde antes me tinha ficado a observar a freguesia, e começo a descer. Passo ao lado do campo que havia avistado ao longe, com todos os indícios de que ninguém lhe dá vida, e logo depois chego ao alto do Sítio do Galeão que tem uma vista magnífica sobre quase toda a freguesia e a nossa cidade.

Vou até um caminho de terra, antes uma simples vereda de terra e estreita, hoje parecendo ir a caminho de uma estrada “normal” que une o Sítio do Galeão ao Sitio da Bugiaria. Mais ou menos a meio do percurso, paro para observar um lugar outrora muito frequentado por gente dos sítios do Galeão e Bugiaria.

Trata-se do lugar que dá nome a um sítio da freguesia. A Bugiaria. Hoje local abandonado onde as infestantes dominam toda a espécie de plantas lá existentes e escondem património, tornou-se num local irreconhecível.

Era lugar de terras ricas em nascentes de água que servia até para consumo das pessoas dos dois sítios vizinhos nos tempos em que a água ainda não chegava canalizada à casa de cada um, apesar de ficar à distância de umas centenas de metros dos mesmos. Hoje essa água, fruto das transformações provocadas pelas pessoas na natureza circundante, foi-se.

As Nogueiras que lá existiam, os pereiros, foram-se. Até os poços que serviam para aproveitamento da abundante água do local, um o silvado tomou conta dele, mal se vê a sua estrutura, outro o tempo encarregou-se de o fazer desaparecer e o mais pequeno que lá existia, à época coberto e que tinha uma torneira que facilitava o enchimento de vasilhas, baldes, garrafões e um “poço de lavar” onde as senhoras em tempo de falta de água nas levadas que passavam por suas casas faziam bem uso do mesmo para lavar roupas, nem se consegue hoje situar onde ele ficava, tanta é a modificação feita pelo homem por via dos acessos que foi criando, dos incêndios e das intempéries que foram surgindo e foram causando derrocadas.

Pela zona da Bugiaria, passa um pequeno ribeiro que em tempo de inverno forte se torna perigoso e que há muitos anos atrás inclusive serviu de guia a tubos de ferro (ainda se consegue encontrar alguns vestígios dos mesmos) que transportavam a água da Bugiaria para uma grande instituição que existe em São Roque, o Centro de Reabilitação Psicopedagógica da Sagrada Família, outra grande “marca” de São Roque. Pelo tipo de serviços que sempre prestou à sociedade, esta instituição viu-se na necessidade de ter água em abundância para as suas lides tendo para isso ela própria de fazê-la chegar entubada da Bugiaria aos Álamos onde ficam as suas instalações.

Bem, vou andar mais um pouco a observar a freguesia e tentar trazer a estas páginas o que de relevante me despertou.

Até já!

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