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O Mel do Curral das Freiras

7 Outubro, 2020 às 14:15
Isabel Cristina Camacho

Isabel Cristina Camacho

O mel do Curral das Freiras é desde há muito conhecido pela sua grande qualidade. Remontam aos Séculos passados, algumas referências a este nosso produto, tendo,  outrora,  sido considerado “o melhor mel da Madeira”.

Tal era a quantidade de colmeias existente nesta freguesia que influenciou a toponímia local, havendo  um sítio, a Norte da freguesia,  chamado “Colmeal”.

Vários são os factores que contribuem para  que este produto tenha particularidades únicas e alta qualidade: Uma natureza rica em vegetação, flores e frutos,  muita água fresca  que brota ininterruptamente  das  nascentes , os locais onde se situam as colmeias, na sua grande maioria,  inóspitos, quase inacessíveis à maior parte das pessoas, o que lhe confere uma pureza inigualável.

Na minha família sempre existiram apicultores, sou do tempo em que as colmeias eram os “cochos”, uns troncos grossos que eram esvaziados do seu âmago, pelas mãos ágeis dos carpinteiros ou serradores, em cujo interior as abelhas fabricavam o precioso líquido.

Lembro-me de um dia em que fugira um enxame  de um desses cochos e o meu avô, agitando um pano branco cantava: “Poisai, meninas poisai! Casa nova, abelha Mestra” Por incrível que pareça, não sei se a cantilena teria alguma influência, lá regressava o enxame ao cocho  onde eram colocados os novos quadros de cera e ali se instalavam, para  gáudio do meu avô.

Os homens parcamente protegidos pelos fatos rudimentares, muniam-se de um fole, onde queimavam ramos verdes e cujo fumo atordoava as abelhas.

No dia da Cresta, normalmente nos finais de Setembro, eu e os meus irmãos refugiávamo-nos dentro de casa, com medo das abelhas alvoraçadas e enfurecidas por lhes roubarem o fruto de um trabalho árduo e paciente, de um ano inteiro. Os homens parcamente protegidos pelos fatos rudimentares, muniam-se de um fole, onde queimavam ramos verdes e cujo fumo atordoava as abelhas. Depois  regressavam com os favos carregados de mel, que fechavam numa loja, de preferência escura, onde extraiam o precioso néctar!

Não há nada melhor do que um favo de mel carregado e acabado de sair das colmeias. Muitos, como eu, saboreiam-no assim mesmo, outros, com pão, a adoçar e aromatizar uma caneca de chá e outros há que o preferem com aguardente e na nossa tão típica poncha. Há quem, com ele, cure muitas maleitas…desde dores de  garganta, até aos hematomas, entre outras. Enfim, tanta utilidade tem o nosso mel! Apesar de não ser tão conhecido e divulgado como a castanha e a ginja, é um dos nossos ex-líbris. Pelo seu sabor, pelo seu valor nutricional e até medicinal, valerá a pena ter esta preciosidade sempre à mão, sentir o aroma e o sabor da nossa exuberante natureza no seu estado mais puro!

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