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Memórias e conversas soltas…

6 Novembro, 2020 às 17:47

Há quem diga por aí que uma sociedade sem memória é uma sociedade sem história que está condenada a cometer, no presente e no futuro, os mesmos erros do passado. Cabe a cada um, fazer no momento que vive e também transforma assim não seja e zelar pelo que herdaram, deixando também a sua marca no que como sociedade atual também vamos realizando. Honrar o passado, ajuda-nos a construir o futuro e a preservar as “marcas” que nos deixaram…

Há dias ao dirigir-me a casa de minha mãe, passei por um fontanário que fica situado no alto do caminho da Cova (num local antigamente chamado de “A Pedra”) que andava meio esquecido. Reparei que havia sido pintado e que a torneira era nova. Uma pequena e importante intervenção que faz reavivar memórias. Na verdade hoje os fontanários perderam uma das suas principais missões, servir de ponto de encontro às gentes dos lugares onde se inseriam que iam  de baldes e vasilhas buscar água para as lides caseiras, mas ainda hoje servem para matar a sede a quem pelos cantos da nossa terra vai andando e marcam uma época. Reparei que pela freguesia, nos fontanários ainda existentes (porque uns o desenvolvimento desenfreado, aliado ao desleixo de quem deve zelar pela “coisa” pública, não teve pejo e fê-los desaparecer e bem bonitos) houve ultimamente esta atenção que o povo certamente aprecia. Neste a que em concreto me refiro, até o resguardo que albergava o S. João foi minuciosamente restaurado, foi lá posto o Santo adornado com flores e vela. Parabéns a quem promoveu esta recuperação.

Um outro dia, também fazendo uso duma estrada que percorro muitas vezes, dou de caras com uma capela totalmente ao abandono. A Capela do Rosário, que fica na Fundoa de Cima.  Veio-me à memória tempos idos…as festas, os foguetes, a música que na zona abrilhantava o lugar a pretexto de louvar Nossa Senhora do Rosário. Ainda me veio à cabeça o que por aí se diz em boca pequena. Se é verdade que muitas vezes em inaugurações que se fazem, as festanças oferecidas aos convivas que aparecem às cerimónias já estão contempladas nos orçamentos globais do que se inaugura, não ficava mal contemplarem restaurações de património que sendo do povo ninguém o assume e entretanto cai no buraco da inexistência de um passado e de uma Historia local.

Ainda num desses dias, descendo de carro o Caminho de São Roque, dou-me de caras com mais uma prova do que é descuidar a memória e a história de determinados lugares.

Na zona onde já houve dois moinhos movidos a água, um pequeno aqueduto está a se perder…

Que pena! Numa parte, um arco já foi substituído por um tubo de PVC, creio, noutra o canal bonito, porque passa entre um “gradeamento”/janelas feito de pedra, que levava a água a outro moinho, cheio de terra, e com parte da levada já a rebentar. Espera-se que o arco que une a levada ao outro moinho não tenha o mesmo tratamento que o anterior que referenciei teve.

Outra memória. Há dias, num encontro fortuito com um amigo pelas serras de São Roque, na conversa que tivemos, diz-me ele assim: estas veredas estão todas perdidas! Eu acrescentei, sim, veredas e muitas levadas do nosso tempo de infância.  Na verdade, lembramo-nos que até já tivemos veredas pelas serras que uniam sítios a lugares e inclusive o Sítio da Alegria ao Sitio do Lombo Jamboeiro. Veio à memória uma destas, que era à beira de uma levada que ia do poço do Soito à ribeira onde se ia ter a umas poças engraçadas e a um espaço verde de excelência. Desta derivava uma outra que passava na “casa do sr. Pereira” (antigo vigia de terrenos nas serras altas de São Roque) e que terminava bem no alto do Lombo Jamboeiro. Hoje nem se consegue ir até ao Lombo Jamboeiro nem até à ribeira que dava “vida” à levada que vinha até ao poço do Soito despejando nele a água que transportava. Nem veredas nem levada hoje existe! Na mesma conversa, o meu amigo ainda me diz que lá vistas bonitas pelos vários recantos das serras de São Roque não faltam e eu, não sei porquê questionei-me a mim próprio sobre o alcance desta conversa, veio-me á memória o exemplo dos Passadiços do Paiva.

Para terminar estes meus pensamentos, partilho uma ideia de uma minha amiga nascida em São Roque e a viver agora em terras açorianas depois de à distância ver em que o Encontro se tornou. Ganhou uma rotunda, um estacionamento, uma zona para a prática de exercícios físicos e uns jardins, mas que perdeu outras tantas referências do lugar que mereciam ser perpetuadas no tempo. Falou-me da eventualidade de  deixar para futuro, no Encontro, um painel em azulejos retratando a época do Encontro da padaria, do sapateiro, das mercearias, das tascas, dos encontros de pessoas…. Fica a dica a quem de direito! Lembrar o passado, não é impeditivo de construir o futuro e São Roque merece.

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