Este domingo há mais uma edição da Festa da Cebola, no Caniço, organizada pela Junta de Freguesia local. Das festividades fazem parte a visita de Miguel Albuquerque, presidente do Governo Regional, marcada para domingo, às 16 horas.
Segundo as estimativas da Direcção Regional de Agricultura, a produção de cebola deverá aumentar este ano para cerca de 3.200 toneladas, +17% do que em 2018 (2.737 toneladas).
Comparativamente a 2018 a área dedicada à cultura também deverá registar uma pequena variação positiva, passando para cerca de 100 hectares (eram 99 hectares em 2018), sinal da atenção e interesse que esta importante espécie hortícola tem na Região Autónoma da Madeira. O número de agricultores envolvidos na produção varia entre 1.100 a 1.150. Os dados facultados pela presidência do Governo Regional, mostra ainda o “dinamismo da cultura da cebola”, sendo disso sinal o “aumento das plantas distribuídas aos agricultores pelos serviços da Secretaria Regional de Agricultura e Pescas e privados”.
Em 2018 foram comercializadas cerca de 578.600 plantas, das quais 178.600 foram produzidas pelos viveiros da Direcção Regional de Agricultura (30,8%).
Por outro lado, o valor bruto da cebola na Madeira, em 2018, foi de 2.241.720 euros, constatando-se um aumento de 24% do rendimento potencial dos agricultores, em relação ao ano de 2017, sinal de uma maior valorização e cuidados dedicados à cultura, proporcionadores de colheitas de maior qualidade e, logo, mais valorizadas.
Estes factos justificam que, apesar do aumento da oferta regional, se tenha constatado paralelamente um aumento do preço médio da sua venda à produção de 18%, o qual passou de 0,66€/kg para 0,78€/kg, entre estes dois anos.
Com base no Recenseamento Geral da Agricultura de 2009 (está a decorrer actualmente a operação relativa ao RGA de 2019), as zonas de maior importância da cultura na RAM são os concelhos de Santa Cruz (quase 82% da área total, e 87% de todas as explorações) e, com muito menos relevância, o da Calheta, onde se salienta a freguesia da Ponta do Pargo.