O Dia Mundial da Fibromialgia foi assinalado, ontem, dia 12 de Maio, na cozinha pedagógica do Centro de Inclusão Social da Madeira, através do workshop “Alimentação: um importante aliado”. A iniciativa, que resultou de uma parceria entre a Junta de Freguesia do Imaculado Coração de Maria e a Associação Portuguesa de Fibromialgia, marca também o ponto de partida do novo e primeiro núcleo da entidade na Madeira.
Isso mesmo transmitiu o presidente da Junta de Freguesia do Imaculado Coração de Maria, Pedro Araújo, na abertura do evento, recordando os contactos mantidos com a Associação Portuguesa de Fibromialgia, após um desafio lançado por Iolanda Novita. A formadora da Universidade Sénior, diagnosticada com fibromialgia, será a coordenadora do núcleo que se está a formar na Madeira, com o apoio da Junta do Imaculado.
“Este era um desejo antigo, manifestado inclusive por outras pessoas da Região, que está em vias de se concretizar, graças ao empenho do presidente Pedro Araújo”, sublinhou na ocasião Iolanda Novita, que durante o workshop transmitiu diversas noções sobre fibromialgia, abordando a sua experiência com a doença, o que suscitou um momento de partilha de vivências entre os diversos elementos presentes, sobretudo no que diz respeito à alimentação.
No decorrer do workshop foram ainda confeccionadas algumas receitas, que tiveram em comum a ausência de glúten, uma proteína que pode contribuir para agravar a condição de saúde dos doentes diagnosticados com fibromialgia.
A fibromialgia é uma doença reumática crónica, caracterizada por queixas neuromusculares dolorosas e difusas mas também pela presença de pontos de dor em regiões específicas. Embora existam diversas descrições desta patologia desde há muito tempo, ela apenas foi reconhecida pela Organização Mundial da Saúde como doença no final da década de 1970.
Segundo a CUF, esta doença atinge cerca de 2% a 8% da população adulta. Dessa, entre 80% a 90% dos casos são mulheres com idade entre os 30 e os 50 anos. Embora não haja estatísticas nacionais rigorosas, calcula-se que 5% a 6% da população sofra desta patologia, com predomínio nas mulheres acima dos 40 anos. Outros estudos referem que em Portugal há uma prevalência de cerca de 3,6%, podendo haver casos não diagnosticados. De facto, muitas pessoas permanecem na incerteza diagnóstica durante vários meses ou anos.
A Associação Portuguesa de Fibromialgia (APJOF) foi fundada a 27 de Abril de 2016, depois de quatro anos como blog/página “Jovens Portadores de Fibromialgia (Portugal)”.