Isabel Freitas
Isabel Freitas
Ainda há poucos dias, numa das muitas partilhas com que somos bombardeados nas redes sociais, vi um vídeo fantástico, daqueles que nos faz lembrar a essência do ser humano e na missão que cada um tem!
Foi partilhado num grupo restrito ao qual pertenço no watsApp, e altamente recomendado para que o visualizássemos. Provavelmente, muitos já o viram mas ainda hoje continuo a refletir sobre o tema, coisa que se faz muito a partir dos 40…Refletir! O vídeo aborda a questão do tempo, primeiro numa visão banal e numa ótica de usufruto, seguido de uma perspetiva de valorização questionando-nos qual o valor que damos ao nosso tempo. Ao longo do vídeo era explicado, de uma forma muito simples, o óbvio mas que muitas vezes ninguém se apercebe, ou seja, sempre que nasce um novo dia, recebemos uma oferta para usufruir: tempo! Todos os dias, cada um de nós recebe essa dádiva, a melhor prenda que se pode obter e por vezes, valor nenhum se lhe atribui. E o vídeo questiona-nos se já tomámos consciência desse facto?!
A importância que se dá ao tempo é relativa mas cada ano, cada dia, cada hora, cada minuto, cada segundo que passa jamais voltará. Os segundos que levei a escrever estas palavras jamais voltarão. É pensar no concreto, valorizar e extrapolar para o abstrato. É por isso, que cabe a cada um de nós escolher a melhor maneira e o modo, em como irá aproveitar e viver o seu tempo. Temos essa opção, esse poder, essa escolha!
Este tema enquadra-se bem neste meio ano corrido, após um maio que naturalmente nos apelou ao coração, quer no sentido do amor e da bondade, quer na vertente da saúde e do bem-estar. Comemorámos datas muito especiais, como o Dia da Mãe e o Dia da Família, alturas em que se celebra e relembra a importância do amor, amor este que está intimamente associado ao tempo. O tal tempo de qualidade, de alegria, de presença, de partilha que devemos priorizar. E reparo que muitas pessoas falam do mesmo…De um modo contemplativo em como o tempo passa, e nada fica; por vezes em jeito de queixa, na qual o tempo foge e não se consegue aproveitar e viver como se pretende; em maneira saudosista, em que é relembrado como o tempo de outros tempos rendia; outras, em forma de aceitação, no qual se reconhece que o tempo corre à velocidade com que a informação circula nos dias de hoje, assim como, na multiplicidade de ofertas de atividades que surgem, quer presenciais ou à distância; ou ainda em estado de agradecimento, em que se reconhece e valoriza a nova oportunidade que nos foi dada hoje ao acordar e se ter a oportunidade de saber viver este tempo.
Deixo estas palavras em modo de desafio, para refletimos sobre o tema mas o ideal seria que não nos esquecêssemos e vivêssemos o nosso tempo, a nossa grande e valiosa oferta, da maneira mais feliz possível.
Tal como disse Dalai Lama: “Só existem dois dias no ano que nada pode ser feito. Um se chama ontem e outro se chama amanhã, portanto hoje é o dia certo para amar, acreditar, fazer e principalmente viver”.