suscitar muito desagrado entre os vizinhos pelo facto de estar a ganhar proporções que consideram desadequadas para o local. Não bastasse os moradores denunciam que a obra não tem licença camarária e a ilegalidade está patente sem que os serviços camarários actuem com a devida eficácia.
Perante os protestos, o DIÁRIO confrontou o presidente da edilidade que confirmou que efectivamente a empreitada não possui respectiva autorização, mas promete actuar: “Não tem licença. É um facto. Eu próprio já lá fui… e não tem. E como não tem qualquer licenciamento vamos mandar a fiscalização para que esta actue, embargando a obra imediatamente”, anunciou o social-democrata.
A população regista a celeridade do autarca, de qualquer modo não deixa de estranhar como foi possível que os serviços não conseguissem detectar os “trabalhos que estão à vista de todos”, muito mais com uma volumetria como a que já tem.
A expressão é de um dos residentes que sustenta a declaração: “A casa não está na serra, não está tapada, está situada no coração da freguesia, numa zona onde a circulação de pessoas e veículos é mais intensa pelo que não se compreende esta passividade”, reclama o pauleiro.
Sem querer ser identificado por temer represálias, recorda que chegou a denunciar, embora anonimamente junto da autarquia a cércea do edifício, todavia e perante a passividade, o seguinte passo foi passar para a comunicação social. Garante que estará atento ao licenciamento, admitindo tomar outras diligências, sobretudo junto do Ministério Público, se caso for necessário ou não seja respeitada a legislação actual.
Carlos Teles lembra que estes dias foi quadra pascal e que poderá ter sido nesse interregno do horário laboral da autarquia que a obra ganhou dimensão. Seja como for lamenta que este tipo de situações aconteça por parte dos munícipes, sublinhando que a edilidade é amiga do investidor e até despacha com rapidez os projectos que dão entrada na Câmara.