A Junta de Freguesia do Caniço já definiu as prioridades para o próximo ano, tendo na passada quarta-feira fechado o orçamento e plano que agora serão colocados à consideração da Assembleia de Freguesia, na reunião daquele órgão que acontece no próximo dia 11. Uma vez que o JPP tem a maioria, os documentos deverão ser aprovados sem qualquer entrave.
Em cima da mesa vão estar 333 mil euros que levam Milton Teixeira a considerar este o “maior orçamento de sempre da Junta de Freguesia do Caniço”.
O autarca destaca o facto de, pese embora as verbas transferidas pelo Governo da República sejam sempre insuficientes, terem conseguido aumentar os valores destinados ao Fundo Social de Emergência e ao Apoio Sócio-educativo, permitindo, assim, “ir ao encontro daquelas que são as reais necessidades da população, apoiando mais famílias e atribuindo mais bolsas de estudo”, referiu. De ter em conta que o aumento destas rubricas impõe-se pelo aumento de pedidos registados em 2019, face a 2018.
Ainda assim, quase 80% do orçamento destina-se a despesas correntes, nomeadamente com recursos humanos. Outra grande parcela vai para a componente cultural, onde se incluem a Festa da Cebola e a Gastronómica. Neste âmbito, Milton Teixeira ressalva que estes eventos contam com o apoio do PRODERAM, caso contrário não poderiam alocar tamanhas verbas aos mesmos.
Embora este seja o orçamento mais elevado de sempre, o presidente da Junta não deixa de salientar que continua a pecar por defeito, em parte, esclarece, porque “o Governo da República continua a olhar para as freguesias da Madeira, da mesma forma que olha para as do continente”, e o autarca entende que deveria haver uma descriminação positiva. “Precisávamos mais do dobro para conseguirmos fazer tudo o que é necessário pôr em prática todas as ideias que temos para o Caniço”, disse ao ‘Diário das Freguesias’.
E por entre críticas às verbas vindas de Lisboa, o autarca ressalva que as verbas concedidas pela Câmara Municipal de Santa Cruz têm vindo a crescer, em parte para dar cumprimento ao contrato administrativo que delega na Junta as competências de limpeza e manutenção de algumas acessibilidades municipais. Dos 80 mil euros assegurados pela autarquia liderada por Filipe Sousa, 60 mil destinam-se à limpeza de estradas e caminhos e 20 mil são para apoio às actividades culturais.